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Pelo 2º mês, mercado de trabalho encolhe na região e fecha 681 vagas

28 de setembro de 2024

FIM DA COLHEITA DO CAFÉ IMPACTA DESEMPENHO DA AGROPECUÁRIA NO MERCADO DE TRABALHO EM AGOSTO NA REGIÃO./ FOTO: DIVULGAÇÃO

PASSOS – Pelo segundo mês consecutivo, o mercado de trabalho teve mais demissões que contratações em agosto e fechou 681 postos com carteira assinada na região. Este foi o pior desempenho deste ano. 

O saldo negativo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) nesta sexta-feira, 27, é decorrente de 4.923 demissões e 4.242 contratações. O agro foi o setor que mais demitiu no período, com fechamento 1.053 postos de trabalho. 

Em julho, foram 4.837 demissões e 4.554 contratações, o que resultou no fechamento de 283 vagas. Em relação a agosto de 2023, quando foram fechadas 670 vagas, o mês passado teve desempenho um pouco pior. 

De janeiro a junho, a região registrou a geração de 4.731 novos postos com carteira assinada e atingiu um estoque de 98.274 trabalhadores formais, segundo dados do Caged. Com os saldos negativos de julho e agosto, o balanço do mercado de trabalho em 2024 caiu para 3.767 novas vagas e o estoque baixou para 97.373. 

Municípios 

No mês passado, 19 dos 27 municípios da região registraram saldo negativo no mercado de trabalho formal. Ibiraci, com fechamento de 232 postos com carteira assinada, lidera o ranking, seguido por Pimenta (-175), Cássia (-61), Jacuí (-51), Passos (-44), Capitólio e Piumhi (ambos com -32), e São Tomás de Aquino (-30). 

Entre os seis municípios que tiveram mais contratações que demissões em agosto, Itaú de Minas teve o melhor desempenho, com geração de 50 novas vagas, seguido por Carmo do Rio Claro (34), Vargem Bonita (21), Claraval (20), São João Batista do Glória (16), São José da Barra (6) e Pratápolis (4). Em Fortaleza de Minas, o Caged aponta oito contratações e oito demissões, com saldo zero. 

Setores 

A agropecuária, pelo segundo mês seguido, foi o setor com maior número de demissões nos municípios da região. Em 22 cidades, o agro teve mais demissões do que contratações em agosto e fechou o mês com 1.053 postos a menos. Em julho, a agropecuária já havia fechado 605. 

No mês passado, a construção também teve saldo negativo no Caged, com fechamento de 25 vagas. A indústria registrou o melhor resultado na geração de emprego, com 233 novos postos com carteira assinada, seguida pelo comércio (144) e pelos serviços (20) 

País 

No Brasil, segundo dados do Caged, foram gerados 232.513 postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, número 0,49% maior do que o observado no mês anterior. 

No acumulado do ano, período compreendido entre janeiro e agosto, já foram geradas 1.726.489 novas vagas.  Tendo como recorte os últimos 12 meses (período entre setembro de 2023 e agosto de 2024), o saldo de postos de trabalho está positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas.