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Sindglória alega que prefeitura ignora reivindicações dos servidores

22 de dezembro de 2023

Renato está à frente do sindicato fundado em junho deste ano no Glória./ Foto: Divulgação.

Ézio Santos

S. J. B. GLÓRIA – O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de São João Batista do Glória (Sindglória) alegou que a prefeitura estaria ignorando as reivindicações de benefícios aos associados.

Segundo o presidente do sindicato, Renato Aparecido Silva, dois ofícios foram encaminhados ao prefeito Celso Henrique Ferreira, um dos documentos, datado no mês de outubro, solicitou participação direta nas reuniões de negociações referente ao aumento, reposição e reajuste salarial, entre outras pautas para o ano de 2024, tendo em vista que afetaria diretamente os servidores e empregados públicos.

Já o segundo ofício, conforme o presidente, foi entregue em novembro, solicitando o pagamento do abono salarial, na forma de 14º salário, a todos os servidores contratados e efetivos da prefeitura, como forma de reconhecimento aos relevantes serviços prestados em favor da rede municipal.

“Não precisaria de ser o ordenado de cada servidor, que fosse um valor único para todos, como fez alguns prefeitos da região. Que fosse R$ 1 mil já daria para ajudar muitos nas despesas de fim de ano e início de 2024”, justificou o sindicalista.

Segundo Renato, os pedidos solicitados nos documentos são constitucionais, pois, ambos têm interesse legítimo do sindicato nas discussões que envolvem condições econômicas dos associados para o ano de 2024.

De acordo com o presidente, o prefeito teria respondido as duas demandas em apenas um ofício. “As reuniões sobre aumento real, reposição e reajuste salarial devem acontecer nos meses de fevereiro e março, após ser divulgado o índice inflacionário do salário-mínimo, conforme determina a legislação e baseado na realidade do município, dispensando a necessidade do Sindglória”, disse a prefeitura em nota.

Sobre a reivindicação do segundo ofício, segundo a prefeitura “infelizmente não é possível realizá-lo. Como se sabe, todos os municípios de todo o nosso país, houve grande queda na receita, além de que não havia previsão orçamentária para tal benefício. Portanto, não é possível a implementação”, afirmou.

Para o presidente do sindicato, a administração estaria desobedecendo legislações sobre os assuntos demandados. “Eu fico triste porque assim que o Sindgloria foi legalizado perante a lei, o prefeito se reunir comigo e um outro membro da diretoria, onde foi garantido todo o apoio em assuntos que diz respeito diretamente ao funcionário público municipal. Mas pisou na bola em relação a participação direta do órgão nas reuniões de negociações referente ao aumento real, reposição e reajuste salariais. Ele não quer obedecer o que rege a Constituição do país”, afirmou Renato.

Segundo ele, o município tinha um sindicato que lutava pelas causas dos servidores da prefeitura, mas a presidente do órgão, após mais de três décadas na função, se aposentou e cancelou o CPNJ existente para essa finalidade.

Sendo assim, conforme o sindicalista, o Sindglória foi fundado apenas em junho de 2023, contando atualmente com 78 filiados, que contribuem com 2% do salário, através do desconto na folha de pagamento mensal.