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Série Eco, nova (e mais violenta) Marvel

11 de janeiro de 2024

Maya Lopez foi apresentada na minissérie ‘Gavião Arqueiro’, lançada em 2021./ Foto: Divulgação.

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O sucesso só é capaz de se perpetuar se a mudança ocorrer para uma constante evolução. Esta noção parece reger a Marvel nos últimos tempos, visto que após quase 10 anos de domínio absoluto do cinema de heróis, cultura pop e bilheterias, o Marvel Studios busca novos caminhos, personagens e histórias. Nesta toada, estreia na Disney+ a série Eco, segunda produção da Marvel Spotlight, uma nova divisão de histórias mais adultas e sóbrias.

O seriado acompanha Maya Lopez (Aliqua Cox), uma jovem que cresceu no meio mafioso de Nova York, após sobreviver a um acidente que matou a própria mãe. Com o pai, ela investiu nas artes marciais e se tornou uma das mais potentes armas do vilão Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), o Rei do Crime. Porém, após ver o próprio pai ser assassinado, descobriu que Fisk teve papel crucial para que ela se tornasse um monstro e jurou vingança. Ela também é a primeira protagonista com deficiência do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), visto que é surda e usa uma prótese em uma das pernas, amputada quando criança. A origem indígena também é importante para o desenvolvimento da personagem.

Maya foi apresentada na minissérie ‘Gavião Arqueiro’, lançada em 2021. Na ocasião foi tratada como uma anti-heroína aficionada pela figura do Ronin, alcunha que o Gavião Arqueiro levou depois que metade da população do universo desapareceu com o estalo de Thanos. Porém, após um embate com Clint Barton, o Gavião, teve a revelação que estava buscando vingança no lugar errado, visto que o Rei do Crime a havia usado durante todo este tempo como uma assassina contratada.

A nova série trata diretamente da origem dessa personagem que tem como poder nos quadrinhos principalmente a habilidade de imitar o estilo de luta dos inimigos que enfrenta, ou seja, um eco do movimento. Na produção, o fato de ela ser de uma linhagem sagrada de mulheres indígenas faz dela especial, algo como uma escolhida da etnia Choctaw, muito comum entre os indígenas norte-americanos.

Eco estreia em formato seriado algo que há tempos era pedido pelos fãs da Marvel: uma realidade mais urbana, sombria e violenta. O selo Marvel Spotlight promete narrativas mais nesta pegada. Por este motivo, a série se destaca principalmente nas cenas de ação. As coreografias de luta tem muita qualidade e impacto em cada soco, chute, queda e tiro. O sangue, muitas vezes omitido no MCU, agora é exacerbado. O que fdá um caráter muito intenso e gráfico para as sequências antes apenas vistas nas produções da Marvel feitas pela Netflix, como Demolidor e Jessica Jones.

A narrativa chama atenção por não depender de outras milhares de produções lançadas ao longo desses mais de 10 anos de Marvel, Eco se contém em si mesma, é legal ter visto produções como Gavião Arqueiro, ou até o Demolidor da Netflix, afinal originalmente ela foi apresentada no quadrinho do Diabo Vermelho, mas não é necessário ter visto nada para entender o que é mostrado na tela. Esta é a história de origem de Maya Lopez, tudo é explicado antes para chegar ao ponto de combustão visto nos 5 episódios lançados hoje de uma só vez.