4 de dezembro de 2023
Na reunião será abordada a importância do trabalho em rede para o fortalecimento das políticas públicas Foto: Divulgação / Almg.
BELO HORIZONTE – A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta terça-feira, 5, uma audiência pública para debater a importância do trabalho em rede no enfrentamento à violência contra a mulher. A reunião faz parte da campanha mundial dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que teve início no “Dia da Consciência Negra”, em 20 de novembro. A audiência será às 14h, no Auditório do Palácio Tiradentes.
Segundo a ALMG, o objetivo é discutir a importância da articulação entre o poder público e a sociedade civil na construção de estratégias de prevenção e enfrentamento à violência e na garantia de direitos.
“A violência contra as mulheres é um fenômeno complexo e que, assustadoramente, vem crescendo. Para garantir o combate, a prevenção, a assistência e a garantia de direitos é fundamental que serviços e instituições atuem de forma articulada e integrada. O papel da rede de enfrentamento que precisa ser fortalecido e interiorizado”, afirmou a presidenta da comissão e autora do requerimento da audiência, deputada Ana Paula Siqueira.
De acordo com a deputada, é alarmante o crescimento dos casos de feminicídio e estupro no Brasil.
Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que, no primeiro semestre de 2023, em todo o país, os feminicídios tiveram crescimento de 2,6%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Em Minas Gerais, o aumento foi de 11%, passando de 82 para 91 casos. Já os registros de estupros e de estupros de vulnerável apresentaram crescimento de 14,9%.
“Viver é muito mais que sobreviver. Queremos que as mulheres tenham dignidade, trabalho, oportunidade, respeito às suas escolhas, liberdade e acesso às políticas públicas sem distinção por sua cor, classe social ou lugar onde vive”, defendeu a deputada.
Entre as presenças confirmadas na audiência pública, estão a diretora de Políticas para as Mulheres da Subsecretaria de Direitos de Cidadania, Daniella Lopes Coelho; a titular da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher de Diamantina e fundadora da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Alto Jequitinhonha, Kiria Silva Orlandi; a coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Alto Jequitinhonha, presidenta do Conselho Municipal da Mulher de Diamantina e conselheira nacional de Direitos Humanos, Helen Perrella (em participação remota); e a educadora social, advogada, representante da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres de Minas, cofundadora da Indômitas Coletiva Feminista e conselheira municipal dos Direitos das Mulheres, Izabela de Faria Miranda.