Ézio Santos

PASSOS – O programa de coleta seletiva atingiu 1,07 mil toneladas no primeiro ano de implantação em Passos. De acordo com informações da AAção Reciclagem, entidade sem fins lucrativos que atua na coleta, entre janeiro e dezembro do ano passado foram coletadas 590 toneladas de papel e papelão, 224 toneladas de plástico, 121 toneladas de vidro e 84 toneladas de metal. Do total coletado, 54 toneladas de subprodutos foram descartadas e encaminhadas para o aterro sanitário de Tapiratiba (SP).

Os números foram divulgados pelo presidente da AAção, Gilson de Oliveira Wenceslau. Segundo ele, o resultado é positivo, mas ainda precisa de adequações e de maior adesão por parte da população.

“O trabalho ainda necessita de algumas adequações, principalmente de maior adesão da população, através da separação dos materiais recicláveis e destinação ambientalmente correta. Expectativa de muitos anos e sonhado há algumas décadas por várias pessoas, o serviço de saneamento básico tende a melhorar bastante com o passar do tempo, até que se chegue ao resultado por excelência exigido pelos órgãos ambientais do município, estado e país”, afirma Gilson.

Segundo ele, a estrutura da coleta é custeada pela venda do material reciclável e por repasses mensais da Secretaria de Meio Ambiente, Agropecuária e Abastecimento. A verba é utilizada para pagamento de 27 funcionários e gasto com combustíveis para os seis caminhões que atuam no programa. O recolhimento do material é feito de segunda a sexta-feira em toda a cidade.

O presidente da AAção Reciclagem afirma que, no final dos meses, a associação realiza a prestação de contas, referente aos recursos repassados pelo poder público municipal, junto às secretarias de Meio Ambiente e de Fazenda e para a Controladoria. Os relatórios detalhados sobre a aplicação correta do dinheiro são analisados pelas secretarias de Meio Ambiente, Fazenda e Controladoria do Município.

O programa de coleta seletiva gera 35 empregos diretos, 18 bolsas de estágios, e renda para catadores autônomos e pequenos sucateiros e também possibilita trabalho de ação social junto a catadores, a Associação Coocares e famílias de baixa renda. No ano passado, foram distribuídas cerca de 720 cestas básicas.

Em 2023, foi implementado o Fórum Lixo e Cidadania, que conta com representatividade de vários setores da sociedade e de catadores de materiais recicláveis. A coordenação é de representantes do Ministério Público de Minas Gerais e tem como principal pauta a sensibilização do poder público municipal para a adoção de políticas voltadas para catadores e comunidades vulneráveis.