Ézio Santos

PIUMHI – A parceria entre uma cooperativa de crédito e o Sebrae-MG lançou recentemente, o pioneiro projeto no Brasil, que vai alavancar o turismo de negócio no entorno do Parque Nacional da Canastra, com área aproximada de 72 mil hectares demarcados e outros municípios.

É o Território da Canastra, empreendimento comum na Europa, com o objetivo, em questão, de fortalecer o agro artesanato local, ecoturismo e possivelmente indústria e serviços, de uma região que atrai, inclusive, visitantes de outros países pelas suas belezas naturais.

Neste sábado, o secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Piumhi, Thiago Júnio Santos Augusto, comentou que o projeto é excelente, mas o resultado é de médio e longo prazo.

“Representantes de diversos municípios no entorno do parque já estão sabendo de tudo sobre o empreendimento, e eu já estou divulgando como ele vai beneficiar, principalmente os comerciantes da região, bem como os turistas. O Território da Canastra será a marca oficial, um selo de garantia do que for produzido”, resumiu ao conceder entrevista na última quinta-feira, dia 20, a uma emissora de TV.

“Investidores das zonas urbanas e rural que produzem alimentos tradicionais da região, estarão seguros contra a falsificação, porque depois de buscar na Europa, todo o know how, contrata-se uma empresa para o estudo técnico e científico da região, ser reconhecido pelo Estado com Território da Canastra, e por último, solicitar o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)”, afirma João Carlos Leite, presidente da cooperativa de crédito Sicoob Sarom, com sede em São Roque de Minas.

O secretário Thiago comentou que Piumhi pode ser considerado um dos municípios mais interessados na conclusão do projeto, porque está próximo do Parque Nacional da Serra da Canastra e bastante movimentado comercialmente.

“Só para ser uma ideia, quando a rede hoteleira, formada por oito, sem contar as pousadas, hospedarias e hostels, só em março deste ano, nos visitaram 4.920 turistas, e mais de 3 mil eram do setor de negócios. Acredito que o Sarom e o Sebrae, tem condições suficientes para concluir o Território da Canastra, que vão dar uma impulsionada fantástica nos setores produtivos de seus serviços, trazendo mais rentabilidade para os negócios da nossa região”, frisou.

Hoje, o Queijo da Região da Canastra, carro-chefe da gastronomia local, é premiado mundialmente e certificado como Patrimônio Histórico e Imaterial do Brasil. Também são produzidos outros produtos como café, mel, vinho, azeite, cachaça e charcutaria, como exemplos, presuntos, salames, terrines, patês, mortadela, bacon, salsichas, linguiças, carne de sol, todas as carnes preservadas com sal, na gordura (na lata) e ou defumados. Os prováveis 10 municípios no entorno da área de preservação ambiental de 72 mil hectares, passíveis de integrar o Território da Canastra, são: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Medeiros, Tapiraí, Bambuí, São João Batista do Glória, Pimenta, Piumhi e Capitólio.