Meio Ambiente

Meio Ambiente

19 de outubro de 2023

ONG e Marina Silva

Em 2022, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), uma ONG ligada à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu um financiamento de R$ 35 milhões do Fundo Amazônia. Desses recursos, cerca de R$ 24 milhões foram destinados a consultorias e viagens, de acordo com documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, conforme relato da Revista Oeste. O diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, informou que a ministra Marina Silva ocupa o cargo de conselheira honorária da ONG. Guimarães estava agendado para prestar depoimento à CPI que investiga o terceiro setor.

Comissão

A CPI tem levantado questões sobre a atuação da ministra, sugerindo que ela teria favorecido as ONGs ao facilitar a distribuição de recursos do Fundo Amazônia a essas organizações. Marina também é membro do Comitê Orientador do Fundo, de acordo com a comissão. O relator da CPI, Marcio Bittar (União Brasil-AC), durante um depoimento, afirmou que a relação entre as ONGs e membros do governo Lula, incluindo Marina, é “promíscua”. Essa posição foi corroborada pelo presidente da comissão, Plínio Valério (PSDB-AM), em outras sessões. A CPI das ONGs tem como objetivo investigar as atividades das organizações não governamentais no Brasil e a alocação de recursos para essas entidades. Marina Silva, uma figura política que já ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente, tem sido central nas discussões da comissão em relação ao Fundo Amazônia.

Cidades isoladas

O Rio Negro atingiu na segunda-feira, 16, o mais baixo nível já registrado em Manaus, a capital do Amazonas. O índice medido às 5h40 apontou cota de 13,59 metros, superando em quatro centímetros a maior seca histórica anterior, registrada em 2010, de 13,63 metros. Em um dia, o Negro, que forma com o Solimões o Rio Amazonas, baixou mais de dez centímetros, reduzindo a vazão em um ritmo sem precedentes. Desde sábado, 14, a redução foi de 32 centímetros.

Seca extrema

Os números indicam que a queda do nível, além de maior, acontece de forma mais rápida. As medidas do fim de semana foram menos de 13 cm no sábado, menos 9 cm no domingo e menos 10 cm nesta segunda. No último dia 10, o Rio Negro tinha cota de 14,29 m, indicando baixa de 70 centímetros em seis dias. A seca extrema é a pior em mais de um século, desde quando o nível do grande rio amazônico começou a ser monitorado. Até hoje, as piores secas do Rio Negro tinham acontecido em 2010 (13,63m), 1963 (13,64m) e 1906 (14,20m). A previsão é de que o rio continue baixando pelos próximos dez dias, já que a estiagem amazônica se prolonga até os últimos dias de outubro.