CINEMA

Quando saiu o primeiro trailer de “Super Mario Bros. – O Filme”, uma das principais reclamações na internet era de que o bumbum do protagonista, o encanador ítalo-americano Mario, não fazia justiça a como ele é no game, mais rechonchudo, sendo aqui mais plano, por assim dizer. Aparentemente, esse talvez seja o único grande problema do longa.

A segunda adaptação do famoso jogo para o cinema, a primeira foi uma live action horrível da década de 1990, protagonizada por Bob Hoskins, vai ao ponto certo: é bobinha, sem qualquer ambição (a não ser bilheteria), mas colorida e divertida, exatamente por ser superficial e exigir pouco de qualquer cérebro.

Dirigido por Aaron Horvath e Michael Jelenic, o filme em cartaz em Passos, São Sebastião do Paraíso e no circuito nacional apresenta a dupla de irmãos encanadores, Mario e Luigi Mario, que vivem no Brooklyn e acabaram de abrir sua empresa. Fizeram um comercial legalzinho para passar na TV, mas os negócios não vão nada bem. O atendimento ao primeiro cliente é um desastre. Mas quando uma adutora se rompe, alagando as ruas de Nova York, eles veem a chance de se redimir, tornarem-se famosos e conseguir muitos clientes. Bem, mais ou menos.

Luigi cai num cano misterioso e Mario o segue para salvá-lo. O primeiro acaba caindo no Reino das Sombras, um lugar governado por uma criatura estranha chamada Bowser, que captura seus adversários com a ajuda de seu exército de Koopas. Mario, por sua vez, caiu no Reino dos Cogumelos, governado pela Princesa Peach, cuja franja tem formato de coração.

A trama é basicamente Mario tentando resgatar seu irmão, a quem tanto ama. Para isso, se alia à princesa, cujo reino está ameaçado por Bowser, que, por sua vez, quer se casar com ela. As cenas românticas imaginárias do vilão são alguns dos momentos de mais humor do filme.

“Super Mario Bros. – O Filme” é, no fim das contas, essa aventura em que, como no videogame, o herói precisa concluir fases e se aproxima cada vez mais de seu objetivo. Há os elementos típicos do jogo, como os cogumelos que o deixam maior ou menor, ou na forma de um animal; ou Donkey Kong, que começa como um inimigo, mas se torna um aliado.

O roteiro de Matthew Fogel pega sem dó no elemento da nostalgia dos adultos que cresceram jogando Mario Bros, mas também, obviamente, mira num novo público – especialmente as crianças com seu humor lúdico e fácil, e colorido vibrante que também agrada. É provável que a bilheteria dessa animação seja gigante, e a sequência, inevitável. Aí, quem sabe, façam justiça à derrière do encanador. (Alysson Oliveira/CineWeb)

SUPER MARIO BROS – O FILME (Super Mario Bros – The movie). EUA, 2023. Gênero: Animação, Aventura. Direção: Aaron Horvath, Michael Jelenic. Cine Roxy, em Passos, 16h00 e 18h30. Cine A, em Paraíso, 17h e 19h.