Opinião

DO LEITOR

26 de abril de 2024

Foto: Reprodução

Função social da terra

A vocação da Terra é criar vida e dar-lhe sustento. Não há uma única e mísera bactéria que tenha sido gerada fora do nosso planeta; não há nenhum ser vivo que tenha seu sustento vindo dos céus, nem mesmo um insignificante grão de arroz. As terras foram ocupadas e tornadas no primeiro meio de produção  da história econômica da humanidade. Pela singularidade apontada, todos vivemos –  bichos e gente – nesta pequena esfera perdida no espaço sideral e  exclusivamente dela vem o alimento que lhes garante a sobrevivência. Daí, a apropriação de terras deve ser vista com olhar diferenciado dos demais meios de produção; tudo para que o seu uso pelo particular atenda à função social delas, como estabelecido na nossa Constituição; que não se transforme em mera reserva de valor. Fica evidente que a quem as detêm não é dado dispor delas, segundo seus exclusivos interesses. O modelo de propriedade do  Direito romano de 2000 anos atrás – direito de usar e de abusar –  ali ficou, não é a mesma de hoje. Tais considerações tiveram como mote uma entrevista de um latifundiário do Centro-Oeste brasileiro, detentor de terras imensas, cujas dimensões suplantam até territórios de municípios brasileiros. Na entrevista, declarou que reduziria a área plantada, deixando o remanescente sem qualquer uso, tudo pela perspectiva de menores ganhos na safra. O não uso de terras produtivas é, no mínimo,  um desrespeito com os que passam fome e com os trabalhadores que não as possuem, esses longínquos herdeiros dos colonos que deixaram o campo, no início do século passado, em razão da incipiente mecanização da lavoura.

Raul Moreira Pinto – Passos/MG

 

Eleições para o Congresso

Os eleitores brasileiros precisam ter mais cuidado ao votarem em senadores e deputados. A eleição de elementos despreparados para cargos tão importantes tem feito um mal sem tamanho ao País. Não há como melhorar a situação dos brasileiros quando quem ocupa uma das cadeiras das casas do povo não tem nenhum compromisso com a lisura e o respeito à Constituição. Temos andado a galope para o fundo do poço. Isso não dá para tampar com a peneira. Um país tão promissor e rico em natureza e gente honesta não deveria estar à mercê de tais elementos.

Jane Araújo – Brasília/DF