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Do Leitor

30 de janeiro de 2024

Diminuição do abandono escolar

O Brasil vem pagando caro pelo desprezo de seus governantes, que não investiram adequadamente durante décadas na educação formal dos filhos desta pátria. Porém, uma iniciativa do atual governo pode ajudar a diminuir o índice de abandono escolar de torno de 480 mil alunos por ano do ensino médio, que podem receber como incentivo do Programa Pé de Meia um total de R$ 9,2 mil em três anos, sendo R$ 1,8 mil por ano e o restante a sacar no final do curso. Serão beneficiados 2,4 milhões de estudantes de escolas púbicas, de famílias de renda baixa incluídas no Cadastro Único, se tiverem 80% de frequência nas aulas. Para participar do Enem, recebem um bônus de R$ 200. O programa vai custar neste ano R$ 6,1 bilhões, e foi idealizado na última campanha eleitoral pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Oxalá essa iniciativa do Planalto seja coberta de êxito, já que milhares de jovens a mais concluindo o ensino médio estarão aptos para receber melhores salários no mercado de trabalho e ajudar a alavancar a produtividade nas empresas.

Paulo Panossian – São Carlos/SP

Controle de armas

Contrariando o princípio racional de comedimento e controle de armas, o Exército brasileiro acaba de autorizar os policiais militares a manterem em suas casas (por conseguinte, na rua também) até cinco fuzis. Considerando que esse exército estadual, organizado em confederação, acumula em seus quadros atualmente cerca de 400 mil policiais treinados para guerra, com poder de deslocamento nada desprezível, uma vez unidos por um desiderato nacionalista qualquer, poderão voltar-se contra a ordem constituída. Aliás, isso já aconteceu, felizmente ainda em escala controlável, em 8 de janeiro de 2023. Agora, imagine que esse pessoal – contrariado por qualquer motivo, funcional ou não –, sob a voz de comando de qualquer “maluco” extremado (ou mesmo sem uma liderança formal), poderá desestabilizar qualquer governo local ou nacional. Pelo jeito, o Exército brasileiro ainda não se ateve aos seus deveres para com a defesa da Pátria e, particularmente, com o regime democrático. Não se pode perder de vista que qualquer poder defensivo não deve desprezar a prevenção e a capacidade de persuasão – e isso não está acontecendo com essa medida irracional.

Noel Gonçalves Cerqueira – Jacarezinho/PR