25 de março de 2023
Pedro Miguel, o novo comandante da Raposa./ Foto: Reprodução.
Leonardo Pedro
PASSOS – Poucos clubes da elite do futebol brasileiro conseguem manter seus técnicos durante toda a temporada. Exemplos como o de Abel Ferreira no Palmeiras e Vojvoda no Fortaleza são raros. Mesmo com o trabalho longevo de Pezzolano, encerrado recentemente, o Cruzeiro é o vice-líder no ranking de clubes que mais trocaram de técnicos desde 2020.
Ao todo, foram oito trocas de comandante feitas na Toca entre 2020 e 2023. O primeiro desse recorte é Adilson Batista, seguido por Enderson Moreira, Ney Franco, Felipão, Felipe Conceição, Mozart, Vanderlei Luxemburgo, Paulo Pezzolano e, na última semana, Pepa. Entre os clubes da Série A, a Raposa teve a troca mais recente.
Assim como o Cruzeiro, o Vasco da Gama, líder da lista, vivia um péssimo momento na sua história e, na busca de reverter o cenário desfavorável, diversos técnicos foram contratados para a possível remontada. No curto período iniciado em 2020, ano do último rebaixamento, dez trocas foram feitas.
O primeiro foi Abel Braga, seguido por Ramon Menezes (técnico interino da Seleção Brasileira), Ricardo Sá Pinto, Vanderlei Luxemburgo, Marcelo Cabo, Lisca, Fernando Diniz, Zé Ricardo, Maurício Souza, Jorginho e Maurício Barbieri.
Estabelecido no topo das grandes forças do futebol brasileiro neste momento, o Athletico-PR é o terceiro clube que mais trocou de treinadores: sete. Após ser campeão da Sul-Americana (2018) e Copa do Brasil (2019) o time da região sul teve dificuldades para se reencontrar desde a saída de Tiago Nunes, o comandante nesse período de glórias.
Sem o vitorioso treinador, o Furacão teve Dorival Júnior, Eduardo Barros, Paulo Autuori, António Oliveira, Alberto Valentim, Fábio Carille, Felipão e Paulo Turra à frente de seu elenco.
Além do CAP, outros quatro clubes tiveram sete trocas: Bahia, Botafogo, Santos e Goiás. O Tricolor Nordestino registrou: Roger Machado, Mano Menezes, Dado Cavalcanti, Diego Dabove, Guto Ferreira, Enderson Moreira, Eduardo Barroca e Renato Paiva. Já o Alvinegro carioca teve: Alberto Valentim, Paulo Autuori, Bruno Lazaroni, Emiliano Díaz, Eduardo Barroca, Marcelo Chamusca, Enderson Moreira e Luis Castro.
O Santos teve: Jesualdo Ferreira, Cuca, Ariel Holan, Fernando Diniz, Fábio Carille, Fabián Bustos, Lisca e Odair Hellmann. E o Goiás: Marcelo Chamusca, Allan Aal, Alberto Valentim, Jorginho, Pintado, António Oliveira e Ivo Vieira.
Na quarta posição aparece o Flamengo, empatado com o Cuiabá, com seis trocas. Mesmo com o grande número de treinadores, o Rubro-negro é o segundo maior campeão no recorte entre 2020 e 2023. Ao longo desse curto período de grandes conquistas, passaram pela Gávea: Jorge Jesus, Domenec Torrent, Rogério Ceni, Renato Portaluppi, Paulo Sousa, Dorival Júnior e Vítor Pereira.
O Cuiabá, um dos quatro clubes que nunca foram rebaixados para a segunda divisão, teve as trocas de: Marcelo Chamusca, Allan Aal, Alberto Valentim, Jorginho, Pintado, António Oliveira e Ivo Vieira.
O Atlético, assim como Coritiba, Grêmio e Internacional, trocou cinco vezes de treinador. Até a chegada de Cuca e a conquista da Tríplice Coroa, Rafael Dudamel e Jorge Sampaoli passaram pelo Galo. Após os títulos de 2021, Antonio Mohamed comandou o clube, até ser substituído por Cuca, que por sua vez deu lugar a Coudet.
A lista continua com: Coritiba (5): Eduardo Barroca, Jorginho, Rodrigo Santana, Gustavo Morínigo, Guto Ferreira e António Oliveira; Grêmio (5): Tiago Nunes, Felipão, Vagner Mancini, Roger Machado e Renato Portaluppi (2); Inter (5): Eduardo Coudet, Abel Braga, Miguel Ángel Ramírez, Diego Aguirre, Alexander Medina e Mano Menezes; América (4): Felipe Conceição, Lisca, Marquinhos Santos e Vagner Mancini (2); Corinthians (4): Tiago Nunes, Vagner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira e Fernando Lázaro; Fluminense (4): Odair Hellmann, Marcão, Roger Machado, Abel Braga e Fernando Diniz; Fortaleza (3): Rogério Ceni, Marcelo Chamusca, Enderson Moreira e Juan Pablo Vojvoda; Red Bull Bragantino (2): Felipe Conceição, Maurício Barbieri e Pedro Caixinha; São Paulo (2): Fernando Diniz, Hernán Crespo e Rogério Ceni; Palmeiras (1): Vanderlei Luxemburgo e Abel Ferreira.