Tamiris Figueiredo

PASSOS – O programa Consultório na Rua, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde de Passos, realizou 12.448 atendimentos em quatro anos e passou a contar com médico na equipe. O Consultório na Rua é destinado a atender pessoas em situação de rua e foi implementado na cidade em 2027.

“Atualmente nossa equipe está composta por sete integrantes. Nosso serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. A inclusão do médico na equipe foi um pedido do prefeito Diego Rodrigo de Oliveira, para dar melhor qualidade na prestação de serviço a esta parcela da população. Assim como a distribuição de anticoncepcionais, que também foi uma sugestão desta administração”, afirma o secretário de Saúde de Passos, Thiago Agnelo Salum.

“Durante este período de atendimento, algumas pessoas se recuperaram e retornaram para seu âmbito familiar, ou ingressam no mercado de trabalho. É o que motiva a gente a cuidar dos outros, porque se um recuperou, já vale à pena, já valeu o nosso esforço. Esta é a nossa rotina no Consultório de Rua”, afirma Salum.

O programa é realizado em uma unidade móvel adesivada que dispõe de medicamento e material para assistência e serviços como retirada de pontos, curativos, testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), administração de contraceptivos injetáveis, além do acompanhamento e realização de tratamento diretamente observado (TDO) a pacientes portadores de tuberculose.

A equipe também orienta as pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade sobre direitos e serviços, como a retirada de segunda via de documentos pessoais, busca por benefícios oferecidos, e também diminuição de riscos e danos. O programa também prevê visitas domiciliares para atualização de cadastro e coleta de informações sobre contexto social e familiar das pessoas atendidas.

Segundo a Secretaria de Saúde, o Consultório na Rua tem apoio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), unidades do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), Unidade Básica de Saúde (UBS), Ambulatório Escola (Ambes), Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD), Caps II, Centro Odontológico, Ambulatório São Lucas, além do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência e Atendimento à Mulher de Passos (Cramp), Centro Pop, Projeto Migrante e da Polícia Militar, Delegacia, Promotoria e Defensoria Pública.

Ainda de acordo com o secretário, o programa atende demanda espontânea, percorrendo os principais locais da cidade onde as pessoas em situação de rua costumam ficar e também faz busca ativa de pacientes. Em Passos, segundo a prefeitura, a maioria das pessoas em situação de rua é do próprio município, mas há também os chamados flutuantes, que de outras cidades e que costumam ficar entre 1 ou 2 meses.