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Comissão de Transporte debate condições das rodovias estaduais

5 de junho de 2023

Reunião nesta terça, 6, às 15 horas, tem presença prevista do diretor-geral do DER-MG./ Foto: Divulgação.

BELO HORIZONTE – A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deve debater nesta terça-feira, 6, às 15 horas, no Plenarinho II, as condições das rodovias estaduais, bem como projetos futuros para as estradas mineiras.

A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Thiago Cota (PDT), pela vice-presidente, deputada Maria Clara Marra (PSDB), e pelos deputados Celinho Sintrocel (PCdoB) e Charles Santos (Republicanos).

Para a audiência, foi convidado o diretor-geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Rodrigo Rodrigues Tavares.

“Cerca de 80% dos requerimentos que recebemos na comissão dizem respeito à recuperação de rodovias. A presença do Rodrigo, diretor-geral do DER, na próxima reunião, será uma oportunidade para conversarmos sobre as ações que a autarquia propõe e terá condições de realizar”

O presidente da comissão acrescentou que será necessário um trabalho colaborativo entre Governo do Estado e Assembleia de Minas para que se consiga avançar na pauta.

Recomposição para segurança

Servidores da área da segurança pública do Estado demonstraram indignação com a falta de planejamento do Governo do Estado para conceder a recomposição de perdas inflacionárias da categoria. Eles lotaram o Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira, 5, quando foi realizada uma audiência da Comissão de Segurança Pública.

Na ocasião, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, disse que, embora o governo esteja buscando valorizar os servidores públicos, a situação financeira ainda não torna possível a recomposição para a segurança pública. Ela acrescentou que estudos nesse sentido continuarão a ser feitos.

Os servidores da área demandam uma reposição de 35,44%, o que compreenderia a defasagem salarial no período entre 2015 e 2022.

A reunião contou com a participação de quase 20 associações e sindicatos ligados à categoria. Representante de um deles, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado das Minas Gerais, Jean Carlos Otoni Rocha, questionou o motivo de a categoria ainda não ter obtido a recomposição, sendo que se dedica a garantir a segurança no Estado a despeito de todas as más condições de trabalho.

“É um absurdo o governo chegar aqui sem nenhum planejamento para nos conceder a recomposição”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado, Jean Carlos Otoni.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais, Luzana de Assis Moreira também se disse estarrecida com a falta de proposta por parte do governo.

Concordou com eles o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Ailton Cirilo da Silva, que cobrou do governo a criação de uma comissão permanente de negociação para que se evite, anualmente, o desgaste em torno da recomposição para a categoria.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais, Wemerson Silva de Oliveira falou que um servidor da Polícia Civil recebe um salário menor que um soldado da PM e dos Bombeiros. “Precisamos modernizar a carreira da Polícia Civil”, defendeu. Ele comentou que os baixos salários e as condições de trabalho estão adoecendo esses servidores.

O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais, Heder Martins de Oliveira, lembrou que, no ano passado, em campanha pela recomposição, foi reivindicado percentual diferenciado para a categoria.

“Foi respondido que, pelo princípio da isonomia, não seria possível. Agora pergunto: podemos receber os quase 300% que foi concedido ao governador e ao 1º escalão?”, disse. 

A presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado De Minas Gerais, Aline Risi dos Santos, questionou o fato de o governo não ter condições de garantir a recomposição e, ainda assim, abrir mão de receitas como a de cerca de R$ 1 bi para privilegiar locadoras de veículos.