PASSOS – As tratativas entre a Confederação Brasileira de Futebol e o técnico Carlo Ancelotti não avançaram, e a entidade máxima do futebol brasileiro optou por encerrar as negociações. A dificuldade em selar a saída do italiano do Real Madrid, somada ao assédio milionário de clubes da Arábia Saudita, pesou na decisão. Jorge Jesus, de saída do Al-Hilal, volta a ser o favorito para assumir a canarinho.

A expectativa era de que Ancelotti assumisse a seleção após o fim da temporada europeia. No entanto, a resistência do Real Madrid em facilitar sua liberação, além do contrato vigente até 2026, impediu um desfecho positivo. Internamente, a direção merengue resistiu à ideia de arcar com a multa de rescisão solicitada por Ancelotti, mesmo não estando contente com o trabalho do treinador. O Real Madrid não vem de bons resultados, tendo sido eliminado na Champions League e derrotado para o Barcelona na Copa do Rei.

Diante desse impasse, a CBF preferiu não insistir, especialmente em um momento em que clubes como Al Hilal e Al Ahli entraram na disputa com ofertas superiores às condições que o Brasil estava disposto a oferecer. Os valores sauditas superam, e muito, o teto estipulado pela CBF, o que tornou inviável manter as conversas com o italiano.

Com isso, o nome de Jorge Jesus ganha força novamente nos bastidores. De saída do Al-Hilal, o ex-treinador do Flamengo agrada por sua identificação com o futebol brasileiro e pela possibilidade de assumir o cargo de forma quase imediata. A proximidade da Data Fifa de junho torna urgente a definição do novo comandante da Seleção, e a disponibilidade de Jesus pesa a favor.

A entidade agora corre contra o tempo para não repetir o cenário de incertezas vivido nos ciclos anteriores e garantir um novo nome à frente da Seleção antes dos próximos compromissos internacionais.