Destaques Saúde

Caps fazem encontro da Atenção Primária Psicossocial em Paraíso

5 de maio de 2023

Evento sobre saúde mental será promovido por três Caps de São Sebastião do Paraíso./ Foto: Reprodução.

S. S. PARAÍSO – Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Paraíso, Vitória e Girassol, de São Sebastião do Paraíso, realizam no próximo dia 25, a partir das 8h, o II “Encontro da Rede de Atenção Primária Psicossocial” (RAPS) de São Sebastião do Paraíso, que vai tratar da ‘Atenção psicossocial, Interseccionalidade e Decolonialidade: o SUS e a Integralidade do Cuidado’. O evento deve acontecer no Teatro Municipal Sebastião Furlan.

Segundo a prefeitura, o evento tem como objetivo comemorar a ‘Luta Antimanicomial’, que é um movimento nacional comemorado no próximo dia 18 de Maio, que se caracteriza na luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental.

Conforme destaca a coordenadora do Caps Girassol, Daiane Arantes, dentro desta luta está o combate a ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, baseado apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. Segundo ela, o ‘Movimento da Luta Antimanicomial’ faz lembrar que todo cidadão têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito em receber cuidado e tratamento sem perder sua identidade como cidadão.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país. Em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o ‘Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental’, em Bauru (SP), e a ‘I Conferência Nacional de Saúde Mental’, em Brasília”, ressaltou a coordenadora.

Para a profissional, com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil, a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.

Segundo Daiane, o evento será destinado a profissionais da saúde, da educação, usuários, familiares e interessados no tema e, ao longo do dia contará com palestras das mais diferentes áreas de atuação e com assuntos diversificados, que vão desde políticas de saúde mental a lógica medicalizante para o tratamento das pessoas com algum tipo de perturbação mental.