9 de novembro de 2024
Foto: Reprodução
Menos carbono
A necessidade de redução da emissão de gases de efeito estufa está transformando a agricultura. Diante dessa realidade, empresas, cooperativas e universidades buscam alternativas para serem aplicadas no campo. Com esse foco, a Cooxupé reuniu na sexta-feira, na sua sede em Guaxupé, produtores de várias regiões do Estado para dar início ao projeto piloto, (que tem como meta a redução significativa da pegada de carbono dos fertilizantes da cultura do café), em parceria com a Yara, líder mundial em nutrição de plantas.
Climate Choice
Esta parceria proporcionou a entrega para 10 produtores, previamente selecionados pelas empresas, do Yara Climate Choice, um fertilizante nitrogenado produzido com amônia renovável, o que reduz, significativamente, a pegada de carbono, promovendo uma agricultura mais responsável e consciente.
Pioneirismo
Conforme dados da empresa, é possível reduzir até 90% da pegada de carbono, se comparado à amônia produzida a partir de gás natural. A empresa é a primeira a oferecer ao mercado brasileiro esse tipo de produto. Os produtores selecionados, que integram o projeto Gerações da Cooxupé, já adotam práticas sustentáveis nas propriedades.
Origem
Os fertilizantes produzidos na Noruega, chegaram ao porto de Santos em outubro. O lote recebido pela Cooxupé foi transportado até Alfenas\MG em caminhões GNV, em big bags produzidos a partir de plástico reciclável, outra iniciativa pioneira para reduzir a emissão de gases de efeito estufa do processo de armazenagem e transporte.
Cooxupé
Para o presidente da Cooxupé. Carlos Augusto Rodrigues de Melo, a utilização de fertilizantes lower carbon, nas lavouras vem ao encontro da agenda ESG e das exigências mundiais do mercado e do consumidor em relação ao compromisso com a sociedade e com o meio ambiente. “Nossa cooperativa é comprometida com uma produção cafeeira chancelada pela sustentabilidade, qualidade e procedência. Exportamos nosso café para 50 países e nossa força vem do cooperativismo e de parcerias que levam aos nossos cooperados a inovação e a adoção de tecnologias e insumos, viabilizando, dessa forma, as boas práticas agrícolas dentro das propriedades, assim como a segurança alimentar para aqueles que consomem nosso café no mundo todo”
Consciência
O produtor, Haroldo Vilela de Carvalho, da Fazenda Morro Alto, em Conceição da Aparecida é um dos integrantes do projeto. Membro de uma família que tradicionalmente trabalha com a cafeicultura, para ele integrar esse projeto será um trabalho fácil, pois é produtor de cafés especiais e sua família sempre teve como prática ações conservacionistas da natureza. Para ele esse é mais um projeto que tem como proposta cuidar ainda mais do meio ambiente e produzir com qualidade.