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Região teve 38 mortes e 28 mil casos confirmados de dengue em 2023

13 de janeiro de 2024

Foto: Arquivo FM.

PASSOS – 2023 foi o ano com mais casos de dengue e mortes em decorrência da doença na região. Foram 38 óbitos e 28.896 casos confirmados, números que correspondem a 45,53% dos casos e 68% das mortes registradas em todos os anos anteriores na série histórica disponibilizada pelo Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), que compreende dados desde 2009. Em 2022, foram 9.064 casos e quatro mortes.

Em relação a 2014, quando os 27 municípios que fazem parte da Superintendência Regional de Saúde (SES) de Passos tiveram 5.554 casos e oito óbitos confirmados, o ano passado teve 5,3 vezes mais pessoas com dengue e 4,75 vezes mais mortes em decorrência da doença. Na comparação com 2019, quando houve 6.268 casos e dois óbitos, foram 4,6 vezes mais confirmações e 19 vezes mais mortes. Antes de 2023, esses eram os anos com maior número de casos confirmados na região.

De acordo com dados do painel de monitoramento, entre 2009 e 2023 a região teve 63.466 casos confirmados e 56 mortes em decorrência da dengue. Em 2023, além dos números já confirmados, a região também registra 1.427 casos prováveis, ainda sem confirmação, e um óbito em investigação.

Nos últimos quatro anos, a região teve quatro mortes por dengue em 2022, o que equivale ao número de mortes confirmadas somente em Carmo do Rio Claro em 2023. Carmo foi a quarta cidade da região com maior número de óbitos por dengue no ano passado, atrás de Itaú de Minas e São Sebastião do Paraíso, que registram oito mortes cada, e Passos, que teve nove mortes confirmadas e tem uma em investigação. O número de mortes por dengue em Passos em 2023 foi o quarto maior no estado, atrás de Belo Horizonte (10), Uberlândia (13) e Uberaba (16).

Segundo os dados da SES em 2022 foram 9.064 casos confirmados na região, e as quatro mortes ocorreram em Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e São Tomás de Aquino.

Em 2023, o número de municípios da região que registraram óbitos em decorrência da dengue subiu para nove, sendo que sete deles tiveram mais de uma morte no período. Além de Passos, Paraíso, Itaú e Carmo, também foram confirmados óbitos em Alpinópolis e Capitólio, com duas ocorrências em cada, e em Bom Jesus da Penha e Pratápolis, com uma morte em cada.

Minas

No estado, em 2022 registra 321.038 casos e 198 mortes por dengue com confirmação pela SES e só fica atrás de 2016, quando 435.470 casos e 281 mortes foram confirmadas. Em 2023, segundo o painel de monitoramento, Minas tem 78 óbitos em investigação e 96.112 casos prováveis, ainda sem confirmação. Minas teve epidemia de dengue nos anos de 2010, 2013, 2016 e 2019, de acordo com a SES.

Brasil

No país, os casos de dengue aumentaram 15,8% em 2023 em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados em dezembro pelo Ministério da Saúde. As ocorrências passaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão este ano. Já a taxa de letalidade ficou em 0,07% nos dois anos, somando 1.053 mortes confirmadas em 2023 e 999 no ano passado. 

“Fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, avaliou o ministério em nota. Os estados com maior incidência de dengue são Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás.

Em relação à chikungunya, até dezembro de 2023, foram notificados 145,3 mil casos da doença no país, com taxa de incidência de 71,6 casos por 100 mil habitantes. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram notificados 264,3 mil casos (123,9 casos por 100 mil habitantes), a redução foi de 45%. Em 2023, foram confirmados ainda 100 óbitos provocados pela doença. As maiores incidências estão em Minas Gerais, no Tocantins e Espírito Santo.

Já os dados de zika foram coletados pela pasta até o fim de abril de 2023. Ao todo, foram notificados 7.275 mil casos da doença, com taxa de incidência de 3,6 casos por 100 mil habitantes. Houve aumento de 1% em relação ao mesmo período de 2022, quando 7.218 mil ocorrências da doença foram notificadas. Até o momento, não há registro de óbitos por zika.