PASSOS – Amilton José Alves da Silva, produtor de leite e vice-presidente da Associação dos Produtores de Leite do Sudoeste de Minas (Aproleite), tem uma trajetória marcada por desafios e superações, com raízes profundas na terra e no empreendedorismo. Criado em uma fazenda até os 18 anos, ele se tornou arrendatário das terras que trabalha e produz, iniciando sua jornada na cidade, onde estudou e mergulhou no comércio. Ao lado de seu irmão, Hélio Antônio Silva, Amilton administra 50 hectares de terras destinadas à criação de animais para a retirada de leite e 42 hectares para plantação.

A virada em sua vida ocorreu em 2011, quando o laticínio do qual Amilton era fornecedor começou a realizar transações financeiras por meio do Cooperativa Sicoob Nossocrédito. Esse foi o ponto de partida para uma relação duradoura e benéfica entre o produtor e a cooperativa. Amilton relembra o momento crucial: “Aí a gente começou a ter contato, conversar, fazer amizade. Um dia eu ouvi falar de crédito essas coisas, conversei na agência, foi aonde surgiu o primeiro empréstimo e foi assim um divisor de águas”, conta.

Esse primeiro empréstimo foi destinado à aquisição de animais e ao desenvolvimento da estrutura da propriedade. Os desafios não cessaram, mas a parceria com o Sicoob permitiu a Amilton e seu irmão superarem obstáculos, expandindo suas terras e atividades.

Amilton compartilha a experiência de expansão: “Ficamos dois anos no local antes de ser transformado em loteamento. A segunda propriedade de 14 hectares, em dois anos, começou a ficar pequena. Até que um vizinho resolveu arrendar metade da propriedade, mas não tínhamos condições de arrendar toda. Com dificuldade, conseguimos e, mesmo em meio a desafios, arrendamos o restante das terras.”

A superação de dificuldades financeiras e a continuidade do negócio envolveram momentos cruciais, como a saída do pai de Amilton da sociedade. Esse período desafiador, em 2015, testou a resiliência da família. Amilton recorda: “Tivemos a primeira baixa que foi meu pai, ele cansou, não quis mais mexer. Compramos a parte dele, não tínhamos condição, mas investimos”.

A parceria com o Sicoob teve um papel vital nesse processo. “Sempre com o crédito da cooperativa; as vezes não tinha na linha rural e pegávamos na linha de recursos próprios”, destaca Amilton. A cooperação permitiu que a propriedade enfrentasse desafios climáticos, expansões e a aquisição de equipamentos.

Em 2019, novos desafios surgiram com a desistência do irmão mais velho de Amilton. A crescente popularidade do compost barn trouxe uma reviravolta inesperada. Diante da incerteza, um amigo sugeriu uma solução inovadora: arrendar metade da propriedade para viabilizar a construção do barracão. Essa decisão, embora desafiadora, revitalizou o negócio. A transformação foi notável, e hoje, a propriedade de Amilton e seu irmão abriga 87 vacas em lactação, totalizando 223 cabeças de bezerras a vacas adultas. A produção de leite saltou de 150 litros para quase 3 mil litros por mês.

O relacionamento com o Sicoob Nossocrédito não se limitou a transações financeiras; ele se estendeu ao atendimento humano e próximo proporcionado pela cooperativa. Amilton destaca: “O que mais gosto na agência? O atendimento, é muito próximo, é humano. Aqui somos mais que associados, não somos somente números”, diz.

A gerente da agência reforça a importância desse atendimento personalizado: “A gente preza muito a qualidade de nossos serviços, do atendimento humanizado, da transparência e sem contar, ótimos produtos e serviços”, afirma.

Amilton também ressalta a essência da cooperativa e quando perguntado se indicaria a cooperativa a outras pessoas, ele afirma com clareza que não só indicaria como já o fez. “Com certeza, já fiz isso inclusive, pelo atendimento, por essa transparência que existe, a gente sabe que o sistema é um só, mas aqui tem esse atendimento, essa valorização, aqui os cooperados são pessoas, não números.”

A história de Amilton José Alves da Silva é um testemunho da parceria sólida entre produtores rurais e a Cooperativa Sicoob Nossocrédito, onde o compromisso com o desenvolvimento local vai além dos números, refletindo a verdadeira essência do cooperativismo.