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Projeto faz reabilitação de tamanduás em Minas

1 de dezembro de 2023

Foto: Divulgação / IEF.

BELO HORIZONTE – No sétimo ano de atuação, o projeto “TamanduaAsas”, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) realizou a soltura de 15 animais e outros cinco estão em fase final de reabilitação.

De acordo com informações do governo estadual, a médica veterinária do IEF Juliana Magnino, responsável pelo projeto, afirma que o trabalho tem um protocolo de avaliação e cadastro de áreas de soltura. “Fazemos um estudo prévio muito detalhado antes, com inventário de fauna, avaliação dos recursos da área e entrevistas com os proprietários do entorno”, disse. 

O GPS instalado no colete do tamanduá gera coordenadas por onde o animal passou. Com isso, a equipe do projeto também realiza um monitoramento em campo para avaliar os locais que os tamanduás estão passando ou estabelecendo território, seu estado geral de saúde, o ajuste do colete rastreador, além de observar o animal dormindo, se alimentando e interagindo com o meio. 

O trabalho com os filhotes que chegam para reabilitação tem sido sendo registrado em uma série de vídeos, publicados no YouTube.

O TamanduAsas tem como aliado o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e conta com outros parceiros como o Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de Minas Gerais, Ibama, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Brasília (UnB), Retiro Águas Vivas, Engie, Projeto Bandeiras e Rodovias e as associações sem fins lucrativos Nobilis e Instituto de Conservação de Animais Silvestres – ICAS. 

A atuação do TamanduAsas atingiu um novo objetivo que alia a conservação da fauna silvestre com a educação ambiental. O projeto conta a história de tamanduás soltos e monitorados na natureza e traz alerta sobre as ameaças à biodiversidade, e as alternativas de mitigar os riscos que esta e outras espécies estão sofrendo na natureza.  

“Com o monitoramento pós-soltura dos tamanduás, é possível entender o que realmente está acontecendo no ambiente, que reflete em todas as espécies e na biodiversidade. O tamanduá-bandeira se tornou uma espécie chave para a conservação, com o intuito de sensibilizar as pessoas na busca por uma mudança de atitude individual”, ressalta Juliana.

O tamanduá-bandeira é um animal exuberante, cauda grande com pelos grossos e compridos e um focinho longo, que habita diferentes tipos de ambientes, símbolo do cerrado e das florestas. Mas sua visão pouco desenvolvida e o ritmo lento o tornam susceptível aos atropelamentos, fazendo com que as rodovias sejam uma ameaça à sobrevivência da espécie. 

Foto: Divulgação / IEF.