Carlos Renato

PASSOS – Pouco mais de um terço dos candidatos que disputam cargos na região tem ensino médio completo. Segundo dados do Cadastro Eleitoral divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 730 candidatos que concluíram o ensino médio, o que corresponde a 35,36% do total e que forma a maioria entre os níveis de escolaridade.

Neste ano, a região teve mais de 2 mil registros de candidaturas para as eleições municipais de 2024, conforme dados atualizados neste sábado, 14.

Segundo o TSE, 20 municípios da região concentram o maior número de candidatos com ensino médio completo.

Conforme o órgão, 431 candidatos têm ensino superior completo, o que equivale em cerca de 20,88%, e eles ocupam a segunda posição no ranking de instrução.

Entre os candidatos. 359 têm ensino fundamental incompleto, o que representa 17,39% do total de candidaturas recebidas.

Com 15,11% do total de candidatos, estão as pessoas que têm ensino fundamental completo, o que corresponde em 312 candidaturas. 122 candidatos possuem ensino médio incompleto, o que equivale em 5,91% do total. Já 72 candidatos da região têm ensino superior incompleto (3,49%).

Dez cidades da região têm 38 candidatos que sabem apenas ler e escrever, correspondendo em 1,84% do total de candidaturas dentro desse grau de instrução. Destaque para Nova Resende, com 11 candidatos, seguido por Alpinópolis (nove) e Carmo do Rio Claro (quatro).

Em Passos, 49 candidatos possuem ensino superior completo, o que corresponde em 42,61% do total de candidaturas registradas. Em seguida, aparecem 35 candidatos (30,43%) com ensino médio completo e 14 com ensino superior incompleto (12,17%). A cidade tem 115 registros de candidaturas nessa eleição municipal.

São Sebastião do Paraíso tem 129 registros de candidaturas, sendo 52 com ensino superior completo (40,31%), seguido por 29 candidatos com ensino médio completo (22,48%) e 24 candidatos com fundamental completo (18,6%). A cidade tem o total de 129 candidaturas em 2024.

Os 27 candidatos com ensino médio completo em Piumhi correspondem a 36,49% dos postulantes que disputam as eleições no município, seguidos pelos 18 que têm superior completo (24,32%) e pelos 13 que têm fundamental completo (17,57%). O município possui 74 registros de candidaturas neste ano.

Capitólio, Passos e São Sebastião do Paraíso são os únicos municípios com mais candidatos que têm ensino superior completo. Em Capitólio, são 18 candidatos com esse grau de escolaridade e 16 pessoas com ensino médio completo.

Os municípios de Capetinga (35), Nova Resende (36) e Pimenta (10) são os únicos municípios da região com mais candidatos com ensino fundamental incompleto. Já São João Batista do Glória tem 28 candidatos com ensino fundamental completo, sendo a maior em proporção de candidaturas com nesse nível de escolaridade.

Doresópolis não possui candidatos com ensino superior completo ou incompleto, conforme aponta a Justiça Eleitoral.

Minas

No estado, 27.838 candidatos têm ensino médio completo, cerca de 37,94% do total de candidaturas recebidas nessas eleições municipais.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 16.510 candidatos possuem ensino superior completo (22,5%); 10.991 têm ensino fundamental incompleto (14,98%); 9.422 possuem ensino fundamental completo (12,84%); 3.838 têm ensino médio incompleto (5,23%); 3.006 possuem ensino superior incompleto (4,1%); e 1.745 candidatos sabem apenas escrever e ler, o que corresponde em 2,38%, do total de candidatos.

Critério

Segundo o artigo 14 da Constituição Federal, é preciso ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizado e estar em pleno exercício dos direitos políticos, ou seja, ter título de eleitor e estar em dia com a Justiça Eleitoral. Sendo assim, o analfabetismo é uma das causas de inelegibilidade, não podendo o candidato assumir um cargo político eletivo.

De acordo com o TSE, o candidato precisou juntar uma cópia do certificado de escolaridade ao registrar a candidatura, mas caso isso não seja possível por qualquer motivo, o candidato pode ainda fazer uma declaração de próprio punho para demonstrar que é alfabetizado.

Conforme ainda o tribunal, essa declaração deverá ser redigida perante o servidor da justiça eleitoral e não poderá ser somente assinada junto ao órgão.

Mesmo sendo critério de inelegibilidade, três candidatos registrados em Minas Gerais são analfabetos e outros 27 não divulgaram o nível de escolaridade. Nenhum desses casos estão na região.