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Vacinação contra brucelose atinge cobertura de 84,9%

5 de abril de 2023

Doença pode causar perdas econômicas aos produtores./ Foto: Divulgação.

BELO HORIZONTE – A vacinação contra brucelose atingiu 84,9% de cobertura em Minas no ano passado, índice mais alto registrado no estado desde 2010. Segundo informações do governo de Minas, cerca de 1,9 milhão de bezerras, entre bovinos e bubalinos, foram imunizadas contra a doença.

A brucelose é uma das causas de perdas econômicas na pecuária, já que pode provocar aborto, queda na produção de leite e diminuição no ganho de peso nos animais doentes. É também uma zoonose, já que o animal doente pode ser fonte de infecção para o ser humano.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Luciana Oliveira, o impacto da cobertura acima de 80% é de importante para o controle da doença.

“Fico extremamente feliz por termos conseguido alcançar este resultado, como forma de materialização dos esforços de todos os servidores que atuam diariamente nos escritórios seccionais e coordenadorias regionais, empenhados para que os produtores sejam adequadamente orientados sobre a importância da vacinação contra brucelose de seus rebanhos”, comemorou.

A imunidade de rebanho, termo amplamente difundido nos últimos anos, adequado também ao controle da brucelose, garante a redução no número de fêmeas susceptíveis à doença com consequente diminuição da circulação da bactéria causadora da brucelose, gerando uma proteção indireta até para as fêmeas não vacinadas.

Para alcançarmos este resultado tão comemorado foi fundamental o envolvimento dos fiscais do IMA. Foram inúmeras reuniões, palestras, discussões, elaboração de documentos orientativos que tratavam do assunto. Além disso, contamos com iniciativas ímpares de colegas que, com o conhecimento profundo da realidade da região que trabalham, criaram as próprias estratégias para que a vacinação contra brucelose fosse realizada nas fêmeas em um maior número de propriedades a cada ano”, relatou.

A compreensão e envolvimento dos produtores vem aumentando com o passar dos anos, reflexos diretos das atividades em educação em saúde exercidas até mesmo durante as fiscalizações pelos servidores do IMA. “Além disso, pela participação cada vez mais ativa junto aos médicos veterinários autônomos e vacinadores, conseguimos incentivar uma atuação na vacinação contra brucelose de forma cada vez mais responsável e eficiente, aumentando o número de produtores atendidos”, argumentou.

Para o ano de 2023, o objetivo é de alta não apenas do número de fêmeas vacinadas contra brucelose no estado, como também do número de propriedades com vacinação contra brucelose nos dois semestres do ano. “Para tanto, estamos aprimorando as funções do Sidagro, Sistema Informatizado do IMA, já pensando na inclusão dos médicos veterinários cadastrados e vacinadores para darmos agilidade na geração dos dados e maior rastreabilidade e confiabilidade na execução da vacinação, desde a aquisição das vacinas até a emissão dos atestados de vacinação contra brucelose e declaração dos mesmos ao IMA”, projetou.

Produtores mineiros que possuem no rebanho fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses de idade têm até 30 de junho para vacinar as bezerras contra brucelose. A medida é obrigatória e deve ser cumprida todo ano, a cada semestre.

O produtor que não vacinar contra pode ser multado no valor de 25 Ufemgs, o que equivale a R$ 125,9 por bezerra e o que deixar de declarar vacinação está sujeito a multa em 5 Ufemgs ou R$ 25,18/bezerra.