ROBERTO NOGUEIRA

S. S. PARAÍSO – Uma das mais recentes propostas adotadas pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de São Sebastião do Paraíso é o desenvolvimento do “Projeto Redinha”, que tem a intenção de ofertar aconchego e humanização aos pequenos pacientes no hospital.

O projeto usa redes de balanço dentro das incubadoras. A iniciativa tem empolgado a equipe médica com os resultados obtidos e benefícios aos pequenos. As respostas vão desde a redução de irritabilidade, menor perda de calor, ganho de peso saudável, diminuição do gasto energético, melhoria na frequência cardíaca e na saturação de oxigênio, além de relaxamento e conforto. O projeto contribui para evitar exposições desagradáveis, como estresse, dor, ruídos e luz intensa.

Segundo a Santa Casa, com o aconchego e balanço suave das redes, os prematuros têm maior chance de se desenvolverem de forma saudável e tranquila. Todas as ações visam promover estratégias de humanização que respeita e cuida do bem-estar dos pequenos pacientes atendidos. A iniciativa vai de encontro da proposta, que supera o salvar o bebê e faz com que os envolvidos, principalmente os membros da equipe médica multidisciplinar, pais e familiares desfrutem das conquistas obtidas e experimentadas com o verdadeiro “sabor de vida”.

Outro projeto desenvolvido na Santa Casa chama “Coala”, com a participação da equipe médica, de enfermagem e de fisioterapeutas, dentro da linha de oxigenoterapia em neonatologia, que consiste na proteção dos bebês na falta e ou no excesso de oxigênio ofertado.

Segundo o hospital, o uso do oxigênio no período neonatal, embora necessário para os suportes da vida em diversas patologias, pode ser potencialmente tóxico a diversos tecidos e órgãos em especial nos prematuros extremos.

Outro projeto realizado utiliza-se um polvo de crochê como terapia. O que poderia ser apenas um brinquedo ou objeto de decoração tem funções muito mais valiosas do que se pode imaginar. A técnica simples dos polvos que dividem as incubadoras com os bebês faz parte de um projeto que começou na Dinamarca e está se espalhando pelo mundo.

Outro projeto realizado utiliza-se um polvo de crochê como terapia. Técnica começou na Dinamarca e está se espalhando pelo mundo / Foto: Divulgação

UTI Neonatal em Paraíso

Um espaço dentro do hospital para atendimento aos bebês prematuros. Assim pode ser definida uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, que há 22 anos especializa em transformar fragilidade em esperança, proporcionando alegrias aos pais e familiares no que pode ser também definido como ‘sabor de vida’.

Segundo o hospital, a UTI Neonatal é o ambiente dedicado a receber os bebês prematuros, que nasceram com baixo peso ou com alguma condição que possa comprometer seu crescimento. Esses casos requerem cuidados intensivos e tratamentos específicos para sua melhora. Ao contrário do que muitos pensam, nem sempre a situação é grave quando um bebê precisa ser internado nesta unidade. Normalmente, esses cuidados são preventivos e servem para propiciar a qualidade de vida à criança.

É neste local que são dedicados cuidados especiais aos bebês desde a gestação e principalmente na fase de recém-nascidos. Assim como qualquer UTI, a neonatal tem o intuito de monitorar e tratar situações consideradas graves ou descompensadas. São várias as situações atendidas que vão desde aquela que apresentou alguma situação adversa ao nascer, nem sempre significa que ele terá doenças.

Por vezes, os pequenos precisam apenas de uma atenção maior da equipe médica para que possam se desenvolver integralmente, tornando-se aptos a respirar, sugar e deglutir, principalmente quando consideramos a prematuridade. O bebê que nasce antes de 37 semanas de gestação é considerado prematuro. Geralmente, apresentam pele frágil e fina, poucos reflexos de sucção e deglutição e pouca gordura sob a pele, necessitando, em muitas situações, de cuidados intensivos especializados.

Novembro Roxo

A UTI Neonatal da Santa Casa de Paraíso já inicia os preparativos para a realização do terceiro ano consecutivo do “Novembro Roxo”. No período é comemorado internacionalmente as atividades de prevenção e sensibilização da prematuridade.

A data é lembrada para comemorar a força e a resiliência dos bebês prematuros e dos familiares. A celebração atesta que o atendimento eficaz resulta em vitória. Os bebês são vulneráveis, mas ao receber alta eles já são capaz de realizar todas as funções para a sobrevivência.