Ícone do site Folhadamanha

Universidades federais encerram paralisação após 69 dias em greve

Acordo que oficializa o encerramento da greve deve ser assinado até sexta-feira / Foto: Reprodução

PASSOS – Depois de 69 dias de paralisação, os professores e servidores técnicos-administrativos (TAEs) de universidades e institutos federais decidiram colocar fim à greve. A decisão foi informada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) no domingo, 23. Em Passos, o Instituto Federal Sul de Minas participou da paralisação iniciada em 15 de abril.

A decisão de encerrar a greve e aceitar a proposta apresentada pelo governo federal foi tomada durante a 193ª Plenária Nacional pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), no último sábado, 22. A deliberação teve 89 votos a favor, 15 contrários e seis abstenções.

Os Termos de Acordo serão formalizados assim que o governo convocar o sindicato para assinatura, o que deve acontecer até está sexta-feira, 28 de junho de 2024. Na última sexta-feira, 21, servidores de algumas universidades já haviam decidido abandonar a greve, como os da Universidade de Brasília (UnB), Paraná (UFPR), Rio Grande do Norte (UFRN), Maranhão (UFMA) e São Paulo (Unifesp).

Proposta

O principal pedido atendido foi a unificação do percentual de recomposição salarial em 12,5%. Além disso, a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu mudanças nos steps de progressão e promoção funcional. O governo também se comprometeu a revogar a portaria 983 de 2020, que regulamentava as atividades docentes na rede federal.

No entanto, a proposta que deverá ser assinada em acordo nesta semana não atende a uma das principais reivindicações da categoria: o reajuste salarial. O governo manteve a proposta de 0% para 2024 e 9% para janeiro de 2025, com um acréscimo de 3,5% previsto para abril de 2026.

De acordo com o Sinasefe, durante a plenária, que contou com a participação de 402 sindicalizados de 70 seções sindicais, representantes debateram as propostas do governo. Apesar da principal reivindicação dos TAEs, um reajuste salarial de 4% para este ano, não ter sido atendida, o Sinasefe decidiu aceitar o acordo que prevê um acréscimo de 4% para 2025.

Sair da versão mobile