16 de janeiro de 2025
Ações buscam conscientizar a população em relação a importância da identificação precoce da hanseníase e seu tratamento. / Foto: Reprodução
Vinícius Borges
PASSOS – Profissionais que atuam nas unidades de saúde da rede de Atenção Primária em Passos promovem, neste mês, a campanha de conscientização sobre a hanseníase e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da doença.
Em Passos, segundo dados do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil, do Ministério da Saúde, foram notificados seis casos novos em 2023 e quatro em 2024. Na região, foram 21 casos novos em 2023 e 19 no ano passado.
De acordo com a coordenadora da Atenção Primária de Saúde, Clarissa Carneiro Leão, 26 médicos e 24 enfermeiros vão atuar na campanha e no “mutirão” nas unidades de saúde. O objetivo, segundo ela, é encontrar novos casos e diminuir o avanço da doença.
“O objetivo dessa ação é encontrar novos casos na comunidade e a oferta de tratamento precoce com a finalidade de diminuir a transmissão e avanços da doença”, disse Clarissa.
“Qualquer pessoa que estiver com mancha no corpo, que não coça, não cresce pelo e com dormência ou perda de sensibilidade deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência”, afirma.
Segundo ela, existem dois tipos de tratamentos de acordo com a classificação e o avanço da doença. Caso seja no início, o tratamento tem duração de seis meses, já o tardio são 12 meses. “Mensalmente a pessoa vai na unidade de saúde para ser avaliada e pegar a medicação, que é 100% fornecida pelo SUS”, disse.
Para Clarissa, a campanha do Janeiro Roxo é importante, pois ajuda a disseminar informações sobre a doença e, dessa forma, alertar pessoas com sintomas sobre o diagnóstico precoce o tratamento. A hanseníase é uma doença transmissível e que pode deixar sequelas caso não tratada.
Janeiro Roxo
O Dia Mundial Contra a Hanseníase é realizado no último domingo de janeiro. Para conscientizar a população sobre os cuidados e o tratamento da doença foi criada a campanha, que é realizada no Brasil desde 2016. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o ministério, o Brasil ocupa a segunda posição do mundo entre os países que registram casos novos. “Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória”, informa a pasta.
O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em pessoas com menos de 15 anos.
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