4 de julho de 2023
Foto: Arquivo FM.
Luciene Garcia
PASSOS – A União dos Empreendedores dos Lagos de Furnas e Peixoto (Unelagos) questionou a atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande durante um evento no final do mês passado, no município de Ribeirão Preto (SP). Segundo a associação, o encontro discutiu a cobrança pelo uso dos recursos hídricos na região e teve a presença de representantes do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
De acordo com a Unelagos, a maneira como foi conduzido o evento motivou reclamações dos empreendedores dos lagos de Furnas e Peixoto. Segundo a associação, a primeira crítica foi em relação a falta de informação sobre a inscrição, que dificultou a ampla participação da sociedade civil.
Para o presidente da Unelagos, Thadeu Alencar, “soa muito estranho órgãos como os Comitês de Bacia evitarem o amplo contato com a sociedade civil e com os empreendedores que dependem dos usos múltiplos das águas. Também é algo muito questionável ignorarem a presença das pessoas que dependem dos Lagos de Furnas e Peixoto, que são, como já foi provado, o ponto de equilíbrio de toda a cascada do Rio Grande”, questionou.
Segundo o presidente, a presença dos Comitês de Bacia na defesa dos Lagos de Furnas e Peixoto sempre foi discreta. “Os comitês nunca se colocaram à frente da defesa da cota mínima ou dos usos múltiplos. A prova maior disso é que ficamos 10 anos sem água e só recuperamos o Mar de Minas após união da sociedade civil com a classe política de forma suprapartidária. Assim fizemos Minas expressar sua força. Porém ainda assim existem embates judiciais em andamento e a Agência Nacional de Água mantém as outorgas de Furnas e Peixoto ferindo a lei. Já os Comitês de Bacia nada fazem”, reclamou Thadeu.
Conforme informações da Unelagos, a expectativa é que os Comitês de Bacia passem a defender as cotas mínimas e o uso múltiplo das águas de forma oficial e formal, como já prometido anteriormente, mas que nunca cumprido.
A reportagem procurou os Comitês da Bacia mas ainda sem retorno.