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Uemg sobe 16 posições no Ranking Universitário da Folha

Cursos de Desing e de Artes Plásticas e Visuais da Uemg tiveram a 15ª melhor nota no país / Foto: Reprodução

Leonardo Natalino

 

PASSOS – A Universidade do Estado Minas Gerais (Uemg) subiu 16 posições no Ranking Universitário Folha (RUF) 2024, feito pelo jornal Folha de São Paulo. Em 2023, a Uemg estava na 134ª posição no RUF, com 37,60 de nota geral, entre as 203 instituições de ensino pesquisadas. Neste ano, a universidade aparece em 118º lugar, com 42,85 pontos.

A nota geral leva em consideração todo os campus da instituição e é resultado da soma da pontuação em cinco categorias: ensino, pesquisa, mercado, inovação e internacionalização, que tem como nota máxima 100 pontos.

A estadual de Minas, que possui um campus em Passos, ficou na última colocação (12ª) quando consideradas apenas as universidades públicas mineiras, a mesma posição do ano anterior. Somando com a universidades particulares, são 21 instituições de ensino superior mineiras no ranking, com a Uemg em 14º.

O topo do RUF 2024 é liderado pela Universidade de São Paulo (USP), seguida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRF) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No ranking de cursos, as duas melhores notas da Uemg são em Artes Plásticas e Visuais, e Design. Ambos são ministrados no campus de Belo Horizonte e ficaram em 15º no país.

A Uemg conta com unidades em Belo Horizonte, Barbacena, Campanha, Carangola, Cláudio, Divinópolis, Frutal, Ibirité, Ituiutaba, João Monlevade, Leopoldina, Passos, Poços de Caldas, Ubá, Diamantina, João Pinheiro, Abaeté e Formiga.

 

‘Precisamos aumentar o número de professores efetivos’, diz vice-diretor

Para o vice-diretor da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), unidade Passos, Vinícius D’Ávila, a instituição se destaca em ensino.

“Eu vi o ranking, e ele possui diferentes tipos de classificação, como pesquisa, ensino e inovação. Então, no ensino, a Uemg está, inclusive, na frente da Unimontes. Contudo, na pesquisa, a Uemg está lá atrás. Por isso que no geral ela caiu”, disse.

De acordo com o ranking da Folha de São Paulo, a Uemg está na 69ª colocação em ensino e na 144ª em pesquisa. Já a Unimontes, instituição de ensino superior administrada pelo estado mineiro, assim como a Uemg, está na 87ª posição em ensino e na 65ª em pesquisa.

Questionado sobre investimento na Uemg, Vinícius aponta que é preciso contextualizar a situação da universidade.

“É importante contextualizar a situação da Uemg como um todo. Não é apenas dinheiro que pode mudar as coisas, apesar de ser importante. O primeiro ponto a ser observado é que a Uemg salta, em 2015, de 5 mil alunos para 20 mil. Ela era uma universidade muito pequena, com um fluxo de funcionamento muito diferente e, da noite para o dia, ela transforma fundações com outras finalidades, como a Fesp, em partes da Uemg”, explica D’Ávila.

“E essas fundações, que tinham caráter privado, apesar de serem fundações sem fins lucrativos, mas que funcionavam como universidades privadas, eram instituições que tinham mais fortemente ensino do que pesquisa”, completa.

Ainda de acordo com o vice-diretor, o processo de estadualização é lento, e é construído a partir de concursos, criação de pós-graduação e desenvolvimento de pesquisas dentro da universidade.

“Pesquisa se melhora com o tempo. Como? Primeiro, precisamos aumentar o número de professores efetivos na instituição, porque professor temporário não tem carga horária para pesquisa. Precisamos de mais concursos públicos”, disse.

“Segundo, tem que melhorar a carreira docente. Com os editais de 2018 e 2021, nós tivemos um considerável número de professores efetivos, mas que pediram exoneração por terem passado em outras universidades. E isso acontece porque a carreira em outras universidades é mais atrativa”, completou.

Ele aponta outro problema na instituição que precisa ser resolvido. “Desde a estadualização, nós não aumentamos o número de servidores administrativos. A maioria das unidades não possuem servidores desse tipo efetivos. E os processos e fluxos processuais são feitos por esses servidores”.

“Não adianta ter dinheiro e não ter capacidade de compra. Não adiante ter dinheiro e não conseguir executar obras, porque o servidor administrativo é quem faz a licitação, quem remaneja um patrimônio, quem faz uma obra. Então preciso de servidor administrativo engenheiro, enfermeiro, advogado, para diversos setores”, disse.

Sobre o orçamento da Uemg, o vice-diretor explica que melhorou de 2019 para 2021, melhorou em 2022, sendo o melhor orçamento já obtido pela universidade, mas em 2023 e 2024 não foi mantido o mesmo valor, “mas, mais do que o recurso financeiro, é a valorização das pessoas que trabalham ali” que deve melhor a instituição.

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