Ézio Santos
PASSOS – Desde quando a internet se popularizou em todo o planeta, o advento do telefone móvel, das redes sociais, e-mails e outros meios de comunicação, não caiu em desuso o telegrama, bem como o envio de cartas, serviços exclusivos dos Correios no Brasil. A diferença é que, há 180 anos, os textos eram produzidos por telégrafos e, nos dias de hoje, a máquina usada é o computador.
A vantagem do telegrama é que se a postagem na agência ocorrer até as 12h, em até seis horas depois o carteiro entrega o comunicado no endereço do destinatário.
“Como era antigamente, a quantidade de envios baixou muito. Hoje, o telegrama é usado mais por empresas em geral ou ainda pessoas físicas que precisam de urgência e formalidade para realizar uma comunicação oficial, seja para convocação para contratação, realização de exames ocupacionais, aprovação em concurso, notificações extrajudiciais, e assim por diante”, afirma o gerente da agência de Correios de Passos, Alex Vinhas.
O custo de envio de um telegrama de uma página é de R$ 15,56, todavia, com os adicionais de cópia e confirmação da entrega (muito utilizados por seu valor jurídico), o preço pode aumentar para R$ 29,26. Se a pessoa ou empresa preferir, outra forma de postagem é através do site oficial dos Correios onde o processo é feito totalmente online, inclusive o pagamento da taxa, e a mensagem chegará diretamente na unidade de entrega da cidade de destino”, esclareceu Alex.
Segundo o gerente, pessoas ainda utilizam o telegrama para mandar congratulações de aniversário natalício, casamento, formatura, ascensão a um cargo na empresa, aprovação em concurso e outros. “Elas acham que dessa forma mostram mais cordialidade com destinatário, do que utilizar mensagens por email, através das redes sociais ou até mesmo por telefone”, acredita o gerente.
A professora aposentada, Maria Rosária de Oliveira, que reside na rua Jacuí, em Passos, disse ainda utiliza o telegrama para se comunicar. Há um mês ele recebeu uma mensagem do sindicato dos professores do estado de São Paulo, avisando que ele tinha ganho uma causa na justiça. “Há poucos dias mandei uma para uma amiga para saber sobre a data de uma viagem. Ela recebeu, mas ainda não retornou. Até hoje eu uso cartas para corresponder com amigos em geral. Adoro escrevê-las e ir aos Correios postá-las. Melhor ainda é aguardar outra como resposta”, afirma.