17 de maio de 2023
Denunciados pela Procuradoria do STJD eram pagos para forçar cartões durante as partidas./ Foto: Reprodução.
Leonardo Pedro
PASSOS – Até o momento, oito jogadores foram suspensos de suas atividades em seus clubes por conta de envolvimento com quadrilhas de apostas esportivas. As suspensões preventivas foram determinadas pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha.
A decisão foi tomada em função da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que investiga esquema de apostas em jogos das Séries A e B de 2022 e campeonatos estaduais de 2023. O período de suspensão é de 30 dias.
“As violações, os prejuízos ao desporto, e suas repercussões, são graves o suficiente para justificar a medida excepcional de suspensão preventiva dos denunciados, mas não na forma requerida pela Procuradoria, à míngua de arrimo legal”, diz trecho da decisão.
Os oito jogadores punidos são: Eduardo Bauermann (Santos), Onitlasi Junior Moraes Rodrigues (Aparecidense-GO, ex-Juventude), Gabriel Tota (Ypiranga-RS, ex-Juventude), Paulo Miranda (Náutico, ex-Juventude), Igor Cariús (Sport, ex-Cuiabá), Matheus Phillipe Coutinho Gomes (ex-Sergipe), Fernando Neto (São Bernardo, ex-Operário-PR) e Kevin Lomônaco (Bragantino).
Todos foram denunciados pela Procuradoria do STJD pelos artigos 243 e 243 A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que tratam respectivamente sobre “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende” e “atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.
As penas em caso de condenação são de multa de até R$ 100 mil e suspensão por até 720 dias. Em caso de reincidência, a pena pode ser de exclusão definitiva do futebol.