BELO HORIZONTE – Dezoito startups concluíram processo de pré-aceleração do Sistema InovaLácteos nesta semana. Segundo informações do governo de Minas, o programa tem por objetivo fomentar soluções inovadoras para o complexo leiteiro no estado e é liderado pela Agência de Inovação Polo do Leite, que conta com o apoio do Governo de Minas, por meio das secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Desenvolvimento Econômico (Sede), além de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Ainda segundo o governo mineiro, a avaliação ocorreu em um dia de demonstração (demoday), na terça-feira, 5, e resultará na seleção de oito startups para a etapa de incubação do programa.
O evento virtual funcionou como banca para a análise do potencial comercial dessas empresas emergentes. Pesquisadores, representantes do setor lácteo e profissionais de bancos e do capital de risco, entre outros parceiros, estiveram entre os examinadores.
Próxima etapa
Na etapa de incubação que começa na próxima semana, cada startup selecionada poderá ter seu projeto custeado com aporte de até R$ 25 mil. Esta fase tem duração prevista de dez meses. O resultado da seleção, após computação das notas aferidas no demoday, será publicado na segunda-feira, 11, e pode ser acessado no endereço eletrônico https://www.polodoleite.com.br/sistema-inovalacteos.
“O demoday foi uma oportunidade não só de passar de fase, de alcançar a incubação em centros tecnológicos tão importantes como Viçosa, Lavras, Uberaba ou Juiz de Fora, mas excelente chance de interação com futuros clientes, empresários da inovação, investidores, Governo de Minas, além de instituições que representam os mais diversos segmentos do complexo agroindustrial do leite”, explicou o assessor de Assuntos Estratégicos da Seapa, José Eduardo Ferreira.
Os projetos apresentados na terça-feira envolveram temas como fermentos para a indústria de alimentos, sistema de aluguel de vacas paridas, testes rápidos, facilitação de crédito aos produtores por meio da tecnologia, utilização de subprodutos do café para suplementação alimentar de animais, automatização de tarefas em laticínios e vários outros.
A startup Z Future expôs a proposta de um curativo biomimético que simula as propriedades e características da pele e, assim, protege feridas abertas. É elaborado com materiais biocompatíveis e projetado para alta resistência e absorção.
“Foi uma experiência maravilhosa que tivemos junto ao InovaLácteos, uma grande oportunidade de aprendizado e de networking. Passamos pelo demoday, o dia tão esperado de apresentar esse trabalho, e estamos na expectativa pelo resultado. Só temos a agradecer por todo esse projeto e a dedicação da equipe”, afirmou o diretor da Z Future, Felipe Lordelo.
As 18 startups que participaram do evento foram pré-aceleradas durante dois meses, após serem admitidas em edital do Sistema InovaLácteos. A banca visou selecionar aquelas que irão avançar para a incubação com base em critérios como o talento dos integrantes, o diferencial competitivo do modelo de negócios e a capacidade de a ideia escalar comercialmente no futuro.
“Foram apresentadas aulas e inovações para vários tipos de empresas. No nosso caso, somos uma empresa um pouco mais estruturada, no sentido de já estarmos rodando no mercado. Mas muitas coisas foram apresentadas até para ajudar empresas que nem CNPJ têm ainda. O processo inteiro de pré-aceleração incluiu 15 aulas, quatro pitchs diferentes, sendo que esse do demoday foi o último”, relatou o CMO da Aurica, Pedro Morello.
A Aurica é uma startup voltada para soluções sustentáveis, especialmente voltadas para o agronegócio, com foco em ESG. O projeto trabalhado por ela no InovaLácteos é uma plataforma, em fase final de desenvolvimento, que monitora, analisa e gere os dados de ESG da empresa ou indústria contratante.
“No demoday, nós apresentamos para pessoas do Governo de Minas, de cooperativas, associações, empresas privadas e públicas, realmente um público muito bacana estava lá para assistir e avaliar, o que mostra que há um grande interesse em novas tecnologias para o mercado do leite. Para nós, da sustentabilidade, foi muito legal ver que há vários interessados pelo que estamos fazendo”, disse Pedro.