PASSOS – A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos promoveu ações para intensificar a importância de conscientizar a população para a prevenção, diagnóstico e tratamento contra as hepatites virais.
Segundo a superintendência, orientações foram feitas para as referências técnicas municipais, com disponibilização de vacinas e ações de mobilização social para que o público desperte para a gravidade da doença e participe dos esforços contra a infecção.
De acordo com a SRS – Passos, as ações fizeram parte da campanha “Julho Amarelo”, que, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), reforçaram as informações sobre a doença, a importância da vacinação e do teste rápido para detecção dos vírus causadores das hepatites A, B, C e D.
Conforme a SRS – Passos, as hepatites virais são infecções que afetam o fígado, sem apresentarem sintomas na maioria dos casos até evoluírem com gravidade, causando cirrose, câncer e até óbito. As informações sobre a doença, as formas de prevenção e o teste rápido para detecção do vírus e tratamento estão disponíveis nas unidades básicas de saúde dos municípios.
A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS Passos, Márcia Aparecida Silva Viana, alerta que as hepatites virais continuam sendo um grave problema de saúde pública. Para ela, é preciso difundir as informações e conscientizar a população para a importância da prevenção da doença e dos exames para a detecção do vírus a tempo de tratá-las de forma a reduzir os riscos de sequelas e até morte.
“Dependendo do lugar onde você reside, e se o diagnóstico for feito tardiamente, a pessoa pode ter sequelas que podem custar a vida dela. Então, a gente recomenda para as pessoas terem muito cuidado com as relações sexuais desprotegidas, com a utilização de instrumentos para tatuagem, manicure, seringas, certificarem-se com a higienização de alimentos e água”, alertou.
Segundo a referência técnica em hepatites virais do Nuvepi, Emyli Chaves Cardoso, durante o “Julho Amarelo”, os municípios da área de abrangência da SRS Passos foram orientados a promover a campanha junto à população, com indicação das unidades de saúde como locais onde poderiam se informar sobre as doenças, exames, imunização e tratamento em caso de infecção. “A prevenção sempre é o melhor caminho”, afirma.
Conforme Emyli, as hepatites virais estão presentes em vários municípios da região, de acordo com a série histórica dos últimos três anos, por meio de dados de investigação das doenças registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde (MS). O levantamento mostra 105 casos de hepatites no período, dos quais 74 são do tipo C, 27 do tipo B e três do A.
Imunização
A referência técnica de imunizações do Nuvepi, Sueli Veloso Maia, ressalta a importância da prevenção contra as hepatites através de imunizantes para dois tipos da doença. “O Ministério da Saúde disponibiliza duas vacinas para serem utilizadas na rotina das salas de vacinação dos municípios. São as vacinas contra a hepatite A e hepatite B, que são distribuídas mensalmente de acordo com a demanda das secretarias municipais de saúde”, disse.
Segundo ela, a hepatite A é transmitida via oral-fecal, através de água e alimentos contaminados, e a hepatite viral B tem transmissão por relacionamento sexual desprotegido ou através de seringas com agulhas contaminadas por sangue de pessoa portadora do vírus. Existe também a transmissão vertical, que é aquela que passa de mãe para filho no momento do parto.
De acordo com o Nuvepi, para os demais tipos de hepatites virais, como a hepatite C, que é a mais comum no país e na região, não existe vacina, mas o teste rápido e o tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o responsável pela distribuição de imunizantes do Nuvepi, Moisés Ferreira de Paula, neste ano, a SRS Passos já distribuiu mais de 17 mil doses das vacinas contra as hepatites A e B, conforme recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
“A vacina da hepatite A é para crianças de 15 meses como dose única. Já a vacina da hepatite B é feita ao nascer, com dois, quatro e seis meses. Em adolescentes e adultos são feitas três doses a depender da situação vacinal”, disse Moisés.