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SRS orienta sobre a importância da vacinação de rotina

30 de julho de 2024

Com a disponibilidade de doses nos municípios, os pais podem garantir a imunização dos filhos contra graves doenças, como o rotavírus, coqueluche e difteria / Foto: Reprodução

PASSOS – Com a maior frequência de doenças infecciosas graves no inverno e que podem ser evitadas com vacinas, como as doenças diarreicas graves (DDA) causadas pelo rotavírus, a coqueluche e a difteria, os pais de crianças menores de cinco anos de idade devem ficar atentos quanto ao esquema vacinal delas. Por isso, a Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) reforça a importância da imunização dos menores com as vacinas da rotina do Calendário Nacional de Vacinação.

A DDA é transmitida pelo rotavírus e a coqueluche e difteria são causadas por bactérias. As três infecções são altamente contagiosas e graves, podendo levar à morte se não forem tratadas adequadamente. A imunização é considerada a forma mais eficaz para prevenir essas doenças. As vacinas são gratuitas e disponibilizadas nas unidades municipais de saúde.

Como os casos dessas infecções são mais comuns durante o inverno, a Coordenação dos Programas de Vigilância das Doenças Transmissíveis Agudas (CPVDTA) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) estimula a vacinação com as doses iniciais ou reforço. As vacinas devem ser administradas conforme as recomendações do Calendário Nacional de Vacinação.

De acordo com a referência técnica em imunizações do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS Passos, Sueli Veloso Maia, as vacinas são distribuídas durante todo o ano para os municípios imunizarem a população contra o rotavírus, coqueluche e difteria. “É importante a mãe ou o pai se sensibilizarem e levar seus filhos para vacinar. Essas doenças são graves e causam mortes de crianças, por isso estão no Calendário Nacional de Vacinação”, disse Sueli Veloso.

Ainda segundo a referência técnica da SRS Passos, essas doenças são imunopreveníveis, podendo ser evitadas, mas é preciso que as crianças estejam com o esquema vacinal completo. “Para termos a cobertura vacinal, os municípios precisam ter horários estendidos e mais salas de vacinação, com funcionamento na hora do almoço e no final da tarde, para as mães que trabalham fora poderem levar o filho para vacinar”, disse.

Em São José da Barra, a Secretaria Municipal de Saúde criou uma estratégia para promover vacinação das crianças nas escolas, mediante autorização dos pais, segundo a coordenadora da Estratégia de Saúde da Família (ESF), Ana Flávia Freire. “Fizemos ações de mobilização nas escolas para atualização dos cartões de vacinas da difteria, coqueluche e rotavírus”, disse.

Doenças graves

A coqueluche é uma infecção respiratória bacteriana altamente contagiosa, que afeta a região da traqueia e brônquios, caracterizada por tosse seca. Em crianças menores de seis anos, as complicações da doença não tratada corretamente podem levar à morte.

Também contagiosa e causada por bactéria, a difteria é mais comum nos meses frios e secos e acomete principalmente as amígdalas, faringe, laringe e nariz. Apesar de raros, outros sintomas graves são inchaços no pescoço e gânglios linfáticos.

O rotavírus é um dos principais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos. A vacina é considerada o principal meio de prevenção e controle da doença, sendo a medida mais eficaz para evitar os casos graves e mortes.

Febre amarela

Segundo dados da SES-MG, 33.223 crianças menores de um ano não foram imunizadas no estado, o que representa 71,17% desse público. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, com alta taxa de mortalidade, podendo levar a óbito 50% dos pacientes. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a arbovirose tem como principal forma de prevenção a vacinação.

“A febre amarela é uma doença imunoprevenível, ou seja, pode ser evitada com a vacinação. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde do estado e deve ser tomada, pois é eficaz e segura”, destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.

Desde 2018, não havia registro de casos humanos de febre amarela confirmados laboratorialmente em Minas Gerais, sendo o primeiro em 2023, no município de Monte Santo, mas com local provável de infecção (LPI) em São Paulo.

Já em 2024, foi notificado um caso de febre amarela em um homem residente em Águas de Lindoia, no estado de São Paulo, que teria como local provável de infecção o município de Monte Sião. O paciente, que veio a óbito, não tinha registro de vacina contra a doença.

Além de recomendar aos municípios a intensificação vacinal e o monitoramento rápido de coberturas vacinais (MRC) nos territórios, a SES-MG também intensificou a vigilância epidemiológica no estado, diante da ocorrência de epizootias e de casos humanos de febre amarela.

“Nesses casos, após a notificação pelo município e a confirmação laboratorial da Fundação Ezequiel Dias (Funed) por meio do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen), a nossa equipe inicia um grande processo  de apoio junto ao município, buscando entender como está a situação vacinal na região e a situação de bloqueio do vetor, de forma a evitar a disseminação do vírus”, continua o subsecretário.