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Sorvete americano mantém clientela fiel no centro de Passos

9 de março de 2024

Claudio Barbosa vende sorvete americano na Praça do Rosário./ Foto: Divulgação.

Leonardo Natalino

PASSOS – Poucas coisas têm tanto sabor de infância como o sorvete americano. Na Praça Geraldo da Silva Maia, a tradicional Praça do Rosário no centro de Passos, o sorveteiro Claudio Barbosa faz a alegria da criançada, e de muitos adultos também.

Com uma máquina que funciona há 48 anos e que ele herdou do avô Benedito Moreira, Claudio trabalha das 9h às 16h30, de segunda a sexta-feira, e de 9h às 13h30, aos sábados, vendendo sorvetes na casquinha ou em copos. A praça virou o ponto fixo dele há sete anos e, quem passa por lá, pode apreciar a magia do líquido colorido se transformando em deliciosos sorvetes.

Aos 47 anos, Claudio trabalha com a venda de sorvete americano desde criança. Ele começou acompanhado o avô, aos sete anos, e afirma que tem uma freguesia fiel e assídua que garante as vendas do produto.

“Nunca caiu (a venda). Desde quando trabalhava com o meu avô não teve queda. O povo gosta de um sorvetinho de água. Por dia, eu vendo entre 50 e 100 sorvetes aqui na praça. Antes, ficava em vários pontos. Agora, estou fixo aqui”, afirma o sorveteiro.

Claudio também relatou que viajava com o avô para outras regiões do estado para vender os tradicionais sorvetes. Os dois chegaram a percorrer mais de 430 quilômetros para venderem em Curvelo.

O sorvete americano é caracterizado pela quantidade generosa e pelas cores chamativas. Segundo o vendedor, o produto é feito com apenas quatro ingredientes: água, gelatina sem sabor, açúcar e a essência com sabor da fruta, que pode ser substituída por suco em pó.

Claudio vende sorvetes em quatro sabores: abacaxi, uva, morango e céu azul, sendo os dois últimos os mais procurados. O cliente também pode escolher se o sorvete será feito na casquinha ou no copinho. Uma unidade custa R$ 3,00 e duas são R$ 5,00.

Josiane da Silva, de 49 anos, afirma que é fã do sorvete americano desde quando era pequena. “É desde criança. Tem gosto de infância. Hoje, as crianças não tomam ele igual antigamente. Mas quando passo por aqui, compro”.

Casado e sem filhos, Claudio acredita que a tradição, iniciada por seu avô, não será passada para outro parente. “Não tenho filhos, mas tenho um sobrinho. Mas é difícil a molecada querer (trabalhar com a venda de sorvete americano). Só no futuro para saber”.