BELO HORIZONTE – Neste Carnaval, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância do sexo seguro e alerta para crescimento do número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no estado.
Segundo a secretaria, o cuidado com a prevenção às infecções sexualmente transmissíveis deve ocorrer o tempo todo, o ano inteiro, e os diversos insumos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado.
Entre as medidas para prevenção, a SES-MG informou que foram distribuídos, aos 853 municípios mineiros, 6.903.792 de unidades de preservativos masculinos, 130.285 femininos e 298.400 unidades de gel lubrificante, que podem ser retirados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Também estão disponíveis os testes rápidos para diagnóstico de IST: 65.580 para HIV; 59.060 da sífilis; 117.175 para Hepatite B e 70.250 para Hepatite C. A oferta favorece a estratégia de prevenção combinada, que consiste na utilização de mais de um método para evitar essas doenças.
Segundo a diretora de Vigilância de Condições Crônicas da SES-MG, Ana Paula Mendes Carvalho, a prevenção combinada reúne diversas estratégias, adaptadas às necessidades individuais e contextuais, visando à saúde integral das pessoas. “Entre as medidas, estão a testagem regular para o HIV, o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis, a imunização para hepatites A e B, além da Profilaxia Pré-Exposição (Prep) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP)”.
Segundo ela, a Prep consiste na tomada de medicamentos antes da relação sexual, visando preparar o organismo para enfrentar possíveis contatos com o HIV. Já a PEP é uma medida de urgência para situações de risco à infecção, utilizada após exposições de risco como violência sexual ou relações desprotegidas.
“A Prep é oferecida em unidades de atenção especializada e a PEP está disponível nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e deve ser iniciada entre quatro e 72 horas após a exposição”, disse a diretora.
Panorama em Minas Gerais
Os números das IST no estado estão crescendo. Em 2021, foram 4.643 casos de HIV/Aids notificados. Já em 2022, foram 4.766, e em 2023, 4.753.
Em relação à sífilis adquirida, foram registrados 16.263 casos em 2021; 21.419, em 2022; e 24.071, em 2023. Já de hepatite B, foram notificados, respectivamente, 752, 766 e 788 casos em 2021, 2022 e 2023.