BELO HORIZONTE – A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) informa que a Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais emitiu, na última quinta-feira, 16, um comunicado sobre a interdição cautelar de todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos, de todas as marcas e fabricantes.
A medida está em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Resolução-RE nº475 de 09/02/2023, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após relatos de casos de efeitos adversos e indesejáveis provocados pelo uso destes produtos.
A interdição é preventiva e tem validade até que as investigações sejam concluídas pela Anvisa. Enquanto isso, nenhum lote desses cosméticos pode ser comercializado ou exposto em salões, lojas ou comércios em geral e nem deve ser utilizado pelo consumidor que o possua em casa.
De acordo com a coordenadora de Cosméticos e Saneantes da Diretoria de Vigilância de Medicamentos e Congêneres da Superintendência de Vigilância Sanitária de Minas Gerais, Renata Stehling Reis, é importante destacar que neste período de calor, sobretudo no recesso de Carnaval, em função do aumento da transpiração e contato com água, o produto pode escorrer e atingir os olhos.
“A Anvisa interditou de forma preventiva todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos de todas as empresas. A interdição cautelar se deve a relatos de casos de efeitos indesejáveis ocasionados por esses produtos cosméticos. Entre os efeitos notificados estão cegueira temporária (que é a perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Os consumidores e profissionais de beleza não devem utilizar tais produtos, mesmo aqueles que já foram adquiridos anteriormente”, diz Renata Stehling.
Os usuários que observarem a ocorrência de algum dos sintomas devem procurar a unidade de saúde mais próxima, imediatamente, e notificar o caso à Anvisa.
Fique atento
A SES-MG alerta os consumidores para que não comprem e não utilizem o cosmético. As profissionais do comércio em geral e de salões de cabeleireiros, a orientação é que não utilizem e não vendam os produtos. Para profissionais de saúde que atenderem pacientes com problemas relacionados ao uso dos produtos, a SES orienta que devem notificar a Anvisa.