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SES-MG divulga recomendações para avaliação e tratamento de ISTs

BELO HORIZONTE – A Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) orienta que, terminado o período de Carnaval, as pessoas que vivenciaram situações de exposição a infecções sexualmente transmissíveis (IST), seja por relação sem uso de preservativo, violência sexual ou mesmo por acidentes com materiais perfurocortantes, devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e possíveis tratamentos. Desde quinta-feira, 23, mensagens informativas serão veiculadas pelas redes sociais da SES-MG e meios de comunicação para reforçar a conscientização da população acerca da prevenção às ISTs.

Segundo a coordenadora de IST, Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Marques de Almeida, as medidas mais frequentes que são indicadas às pessoas nos serviços de atendimento são procurar um posto de saúde e seguir o tratamento adequado.

“A gente recomenda que seja procurada uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realização da testagem rápida e recebimento das orientações necessárias. Para o caso do uso da profilaxia pós-exposição (PEP), ou seja, o uso de medicamentos antirretrovirais que evitam que o HIV alcance o sistema imunológico, se reproduza e se dissemine, preferencialmente o tratamento deve ser iniciado em duas horas após a exposição em função de alguns dos fatores causadores da exposição, com limite de até 72 horas”.

De acordo com a coordenadora, a partir da avaliação realizada no contato da pessoa com o profissional de saúde é possível que compreender, a partir da fala do usuário, suas práticas sexuais e assim identificar estratégias de prevenção possíveis de serem adotadas. “A PEP está disponível nas unidades de pronto atendimento e unidades hospitalares. Posteriormente, a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde”, explicou Mayara Marques.

Segundo ela, o preservativo, interno ou externo, continua sendo o método mais efetivo de prevenção às ISTs, constituindo uma estratégia capaz de evitar também a gravidez indesejada. Por essa razão, a indicação é que ele seja utilizado em todas as relações sexuais. “De todo modo, as estratégias que agregam o uso de medicamentos também constituem métodos que ampliam as possibilidades de prevenção ao HIV para as situações em que o preservativo não foi usado”, afirmou.

A PEP, conforme recomendações do Ministério da Saúde, é considerada uma medida de urgência para que seja evitada a infecção pelo HIV, sendo utilizada após alguma relação sexual desprotegida, violência sexual, ou em caso de acidentes com material cortante. Consiste no uso de medicamentos antirretrovirais por 28 dias. A PEP se diferencia da profilaxia pré-exposição ao HIV (Prep), caracterizada pelo uso de medicamentos diariamente, de modo a proteger o organismo da pessoa contra uma possível infecção pelo HIV. “Ou seja, o indivíduo é medicado antes de manter uma relação sexual para diminuir a possibilidade de infecção pelo HIV”, aponta a coordenadora.

Segundo Mayara, o teste rápido também é uma estratégia relevante no atendimento àquelas pessoas que fizeram sexo de forma desprotegida, ou seja, sem o uso do preservativo. “Quem curtiu o carnaval e está nessa situação, deve procurar uma UBS para realizar o teste rápido, que tem resultado pronto em até 20 minutos. Ele é sigiloso, não sendo repassado a outras pessoas, compondo uma estratégia altamente eficaz para diagnóstico”, disse.

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