11 de fevereiro de 2025
KITS SERÃO DISTRIBUÍDOS EM DUAS ETAPAS, UMA INICIADA NESTA SEGUNDA-FEIRA, COM MATERIAL COMPRADO PELAS PRÓPRIAS ESCOLAS, E OUTRA COM MOCHILA E ESTOJOS, QUE DEVE OCORRER ATÉ MARÇO / Foto: Reprodução
BELO HORIZONTE – A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) vai distribuir kits escolares para alunos de 1.097 escolas estaduais em 400 municípios mineiros. Os kits devem beneficiar cerca de 350 mil estudantes da rede estadual de ensino.
Segundo informações da Agência Minas, a previsão é investir R$ 66 milhões e os recursos serão destinados de forma descentralizada, diretamente pelas escolas, estimulando a economia local, ao fortalecer fornecedores regionais.
“A previsão é que os kits sejam entregues em duas etapas: a primeira consiste na entrega dos materiais escolares adquiridos pelas próprias escolas, que ocorrerá a partir desta segunda-feira”, informa a Agência Minas.
A segunda etapa contempla a entrega das mochilas e estojos personalizados. “Por conta da logística necessária para atender todo o estado, esses itens serão distribuídos ao longo de fevereiro e março aos estudantes”, aponta.
Nesta segunda-feira, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, participou do início da distribuição de kits em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce
“Tomamos uma decisão no final do ano passado, considerando a queda de poder de aquisição das famílias mais pobres, especialmente por conta da inflação de alimentos. Por isso, pusemos de pé um programa para atender as escolas nas regiões mais vulneráveis”, disse o vice-governador.
“Nós estamos falando de mochila, estojo, caderno, caneta, canetinha, régua, tesoura, cola. Nós conversamos com alguns pais – especialmente os que dependem de Bolsa Família – e eles disseram que teriam que escolher entre comprar material para o aluno ou fazer a compra de casa”, afirma.
Os materiais seguirão padrões de alta qualidade e segurança, com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). As escolas já receberam as orientações da Secretaria de Estado de Educação com as especificações técnicas do material a ser adquirido.
Segundo a Agência Minas, os kits foram planejados para atender às necessidades pedagógicas de cada etapa de ensino e estão divididos em: anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), com apontador, borracha, lápis grafite, cadernos (brochurão e desenho), lápis de cor, giz de cera, caneta hidrográfica, régua, tesoura sem ponta, cola branca, estojo e mochila.
Nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) o kit terá apontador, borracha, lápis grafite, cola branca, cadernos universitários, transferidor, esquadros e canetas esferográficas.
No ensino médio e EJA são adicionados cadernos de 180 folhas e canetas marca-texto.
Segundo a Agência Minas, a seleção das escolas foi feita com base no Indicador de Nível Socioeconômico (NSE), ferramenta utilizada para classificar escolas da educação básica no Brasil segundo fatores socioeconômicos.
O NSE permite identificar com precisão as escolas que atendem estudantes em maior situação de vulnerabilidade, garantindo que os recursos sejam direcionados às localidades que mais precisam.
O indicador avalia diversos fatores, como renda média familiar, escolaridade dos pais ou responsáveis, acesso a bens de consumo duráveis – como geladeira, computador e automóvel, infraestrutura disponível na residência (acesso a água encanada, energia elétrica e internet), além das condições do entorno e da escola.
Escolas localizadas em regiões onde a maioria das famílias possui baixa renda e acesso limitado a recursos básicos, por exemplo, são priorizadas com base nesse indicador.
Foram selecionadas 1.097 instituições de ensino, abrangendo 1.312 endereços em 400 municípios. Todas as matrículas dessas escolas, independentemente do nível de ensino, serão atendidas.
Conforme previsto no Calendário Escolar 2025, o ano letivo da rede estadual de ensino começou nesta segunda-feira, 10. Durante o período de férias o Governo de Minas, por meio da SEE/MG, promoveu melhorias nas escolas, como pintura, troca de telhados, limpeza de caixas d’água, poda de árvores e reformas. Essas ações foram viabilizadas por meio do recurso de manutenção predial que destinou aproximadamente R$ 156 milhões.