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Scorsese, DiCaprio e De Niro na Apple TV

Dirigidos por Martin Scorsesse, Leonardo Dicaprio e Robert de Niro num filme épico./ Foto: Divulgação.

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Já está disponível na plataforma Apple TV+ “Assassinos da Lua das Flores” (”Killers of the Flower Moon”), do diretor Martin Scorsese. A história se passa em Oklahoma, na década de 1920, e retrata o assassinato em série de membros da nação Osage, rica em petróleo. Uma série de crimes brutais que ficou conhecida como o Reino do Terror.

Ao longo de décadas, Martin Scorsese firmou seu nome como um dos diretores mais importantes e renomados da história, não apenas na indústria de Hollywood, mas também mundialmente. Aos 80 anos, ele continua mostrando seu poder em contar histórias, como O Lobo de Wall Street (2013), Silêncio (2016) e O Irlândes (2019) deixaram isso bem claro. Desta forma, “Assassinos da Lua das Flores” chega provando o impacto e importância da obra de Scorsese, e que ele ainda tem muito para dar.

Inspirado no best-seller de David Grann e baseado em uma história real, Assassinos da Lua das Flores é situado em 1920, na região de Oklahoma, nos Estados Unidos. Misteriosos assassinatos acontecem com os povos indígenas Osage, donos de uma terra rica em petróleo. O caso foi investigado pelo FBI, a agência que tinha acabado de ser criada na época, envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, seu primeiro diretor.

Leonardo DiCaprio e Robert De Niro são os principais parceiros de Martin Scorsese ao longo de sua carreira, mas Assassinos da Lua das Flores marca a primeira vez que os três trabalham juntos em um longa-metragem. Antes disso, eles só haviam colaborado no curta-metragem The Audition (2015).

O protagonista da trama é DiCaprio, que interpreta Ernest Burkhart. Retornando da Primeira Guerra Mundial, ele viaja para Fairfax, no Oklahoma, para se estabelecer com ajuda do seu tio William Hale (De Niro) na cidade pertencente ao povo Osage. Estúpido, mas com ambição de se estabelecer financeiramente, Ernest serve como um fantoche para os planos macabros de Hale em tomar a riqueza indígena.

De Niro impressiona como um dos personagens mais repugnantes de sua carreira. William Hale publicamente se porta de maneira cordial e pragmática por se tratar de uma figura respeitada entre o povo Osage. Porém, pelas lentes de Scorsese conhecemos sua verdadeira faceta desprezível e preconceituosa com os nativos, além de sua busca incessante por dinheiro.

Mas o destaque mesmo fica com Lily Gladstone, no papel mais importante de sua carreira. Ela interpreta uma mulher Osage chamada Mollie. Por ser herdeira de terras ricas em petróleo, ela e sua família logo despertam interesse dos homens brancos. Mesmo com uma atuação mais contida que DiCaprio e De Niro, Gladstone rouba a cena apenas com sua presença e seu poder no olhar, sendo o coração da narrativa.

O relacionamento entre Ernest e Mollie funciona como ponto central da trama, um envolvimento complexo e impactante explorado pelo Scorsese. Inegavelmente existe essa história de amor entre os dois, mas também de traição. O diretor questiona o tempo todo a moralidade do protagonista e seu amor pela Osage, desde que ele concorda com seu tio em assassinar sua família para lucrar com esses crimes. Por mais que ele tenha um certo medo e respeito pela figura do William Hale, ele traçou suas próprias escolhas.

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