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Santoro faz sua estreia no terror

“Os mistérios eu não vou poder falar, senão vou dar spoiler”, alerta Rodrigo Santoro, de 47 anos, ao ser perguntado sobre o que esconde o personagem Garrett Briggs em “Wolf pack”, que está disponível no serviço de streaming Paramount+. Na série, o brasileiro vive um guarda florestal que é pai adotivo de dois adolescentes.

Nesta trama pautada pelo sobrenatural, nada é tão simples quanto parece. Harlan (Tyler Lawrence Gray) e Luna (Chloe Rose Robertson), na verdade, são lobisomens. O pai zeloso tenta esconder o fato de que os encontrou, ainda filhotinhos, em meio a um incêndio ocorrido há muitos anos, e os levou para casa.

Quando o fogo volta a castigar a região, uma criatura misteriosa começa a fazer vítimas. Entre os que foram mordidos por ela, os dois sobreviventes começam a ganhar habilidades especiais. São eles Everett (Armani Jackson) e Blake (Bella Shepard), colegas de colégio dos irmãos Briggs, mas têm pouco em comum com eles. Os quatro jovens devem formar a tal alcateia a que o título em inglês se refere.

Sobre Garrett, Santoro conta o que o seduziu no roteiro. “É um homem de valores muito fortes, que guarda segredos muito importantes para a trama e que vive em conflito”, avalia. “Isso me atraiu muito na personagem. Desde o primeiro episódio, desde a primeira cena, ele vive em conflito com as responsabilidades da paternidade, mas também um conflito moral”.

Para o ator, trata-se de um papel diferente de tudo o que já fez na carreira. “Garrett é um homem que se dedica a proteger o meio ambiente e pai de dois adolescentes que têm uma condição muito particular, já que são parte humanos e parte animais”, adianta. “Ele protege esses filhos de uma criatura sobrenatural que é fruto dos nossos próprios erros ambientais”.

Interação

Pai na vida real da pequena Nina, de 5 anos, Santoro diz que a experiência de viver o responsável por dois jovens adultos foi interessante para ele. “Nunca tinha trabalhado com adolescentes, é um público com o qual eu nunca tive muita interação”, comenta. “Queria dialogar com esse público, entendê-lo. Quem é essa juventude de hoje?”

O trabalho com os colegas mais jovens também gerou uma troca de experiências inesperada. “Foi ótimo trabalhar com eles”, diz. “Apesar de não terem muita experiência, são muito talentosos. Foi revigorante porque, entre eles, existe uma descontração. Mesmo a gente estando em uma série de terror, que deveria ter um clima assustador, a gente se divertia muito. Eu me alimentei muito disso”.

“Quando me perguntam se eu dava muitas dicas para eles, eu falo que não, que eles é que me davam dicas”, afirma. “Aprendi muito porque sou muito observador. Então deixei me alimentar da energia deles, da conexão com esse tipo de conteúdo, do qual eles são muito mais próximos. Eu gosto de me testar em diferentes ambientes, foi uma provocação saber como é que eu responderia a esse tipo de estímulo, e foi muito legal”.

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