Ézio Santos
PASSOS – O secretário municipal de Saúde, Thiago Salum, prevê a instalação do Centro de Atenção Psicossocial 24 horas (Caps 3) para 2025 ou 2026. Em Passos, as pessoas com transtornos mentais e problemas por abuso de álcool e drogas são atendidas no Caps Infantil, Caps II, Caps AD e Saúde Mental por equipes multidisciplinares.
“Não temos ainda a unidade para receber pacientes com surtos psicóticos que possam permanecer no local por 14 dias ininterruptos, e tratamento, para depois ser liberado para o convívio familiar. Nós temos os Caps que oferecem total atenção por parte de psicólogos, enfermeiros, educador físico, técnicos em enfermagem, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e farmacêuticos e médicos psiquiátricos, porém há necessidade do Caps 3, 24 horas por dia. No momento estamos aguardando deliberação dos governos estadual e federal, propostas que nos permitam a montar este serviço”, disse Salum.
O Caps AD, no bairro Jardim Aclimação, é a unidade de saúde destinada a atender pessoas com problemas de abuso de álcool e outros tipos de drogas. Já o Caps II, apenas para quem apresenta problemas mentais de qualquer origem, e o Caps Infantil, atende crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses. Todos oferecem avaliações dos pacientes, tratamento e acompanhamento até alcançar a plena recuperação.
“No Caps II é onde as pessoas recebem o monitoramento especial, na Saúde Mental continua o tratamento, e se houver melhora do quadro clínico elas vão para acompanhamento na atenção primária, que é o primeiro nível de atenção, se caracterizando por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção, proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde”, afirma o secretário.
Além dos Caps, a Secretaria Municipal de Saúde mantém quatro leitos de retaguarda no Hospital de Alpinópolis, por meio de convênio com o Governo de Minas. “Temos também parceria Firmada com o Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira, em São Sebastião do Paraíso, onde hoje é o único local de internação oferecido em casos que a conduta médica determina internação hospitalar. O Ministério da Saúde, através da Rede de Atenção Psicossocial, preza pelo convívio de parentes juntamente com seus entes próximos, mesmo em tratamento. Não existe mais a intenção em aderir todos em internação compulsória como se fosse um manicômio”, aponta Salum.
As pessoas que forem acometidas de surtos psicóticos ou uso de drogas devem ser encaminhadas primeiramente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o socorro imediato. Só depois de avaliação médica, são direcionadas para um dos Caps de acordo com o estado clínico, recebem alta médica ou são direcionados aos leitos de retaguarda em Alpinópolis ou Gedor Silveira.