BLOCO DE MODA – Wagner Penna
Há anos as feiras de moda se transformam para ajustar ao mercado. Desde os tempos gloriosos da paulista Fenit, que durou dos anos 1960 até a década de 1980, passando pelo pioneirismo mineiro com a Minas Mulher (década de 1980 aos anos 90), até chegar à reformatação para algo mais simples. Assim, chegamos aos salões de negócios – uma definição de feira mais objetiva e reduzida.
No atual momento, parece que essas feiras buscam novos formatos. Um caso de sucesso, nesse aspecto, é o salão BH-a-Porter, cujo formato é ‘cada marca atende em seu showroom’ e que realizou mais uma edição, nessa semana. Foram 60 marcas de pronta-entrega para o atacado e mais de cem compradoras-convidadas de todo o país.
Em abril, a Coopermoda realiza também o salão MEX – entre os dias 8 e 19 – dirigido as marcas que atendem pedidos antecipados. O objetivo é atrair as compradoras para Minas, antes delas voarem para os salões paulistas no final de abril, o Contemporâneo e o Casamoda. Todos lançando o inverno 2025.
A Minas Trend também se reinventa e faz edições especiais para atender nichos específicos. Depois de priorizar os pólos de lingerie, na próxima edição (16 a 18 de abril, em BH) o foco estará na moda infantojuvenil (mais de 50 marcas). E ainda vai lançar um espaço chamado Minas Trend Showroom – com algumas marcas-top de Minas nos corredores do Minascentro, local do evento.
VAIVÉM
- A tchurma de comando da Associação dos Criadores e Estilistas de Minas (Criem) recebeu a visita do stylist paulista Giovani Frasson (ex-Vogue) para conhecer os jardins do antigo Palácio da Liberdade, em Beagá, onde a entidade faz desfile no dia 15 de abril. Ele é um dos mais atuantes no assunto e tem forte ligação com os mineiros da moda há anos.
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- A moda mineira perdeu um dos seus integrantes mais brilhantes de sua fase de ouro (anos 1980), o Giácomo Lombardi. Ele fundou a marca Vide Bula Jean com a mulher Adriana, a irmã Roberta e o cunhado Roberto Navarro. Além de criativo, figura humana bacanésima, adorava música e fazia parte da turma de Milton Nascimento em Beagá.
PONTO FINAL
Para quem estava feliz pelo fato de o Oscar desse ano chamar mais atenção com os filmes do que com o tapete vermelho (caso desse colunista), o tiro saiu pela culatra. A saber: o zíper estragado da vencedora como melhor atriz, Emma Stone, justo na hora de receber o prêmio (quase) ofuscou tudo. Afinal, um mico desses em um modelo de quase cem mil dólares, não dá para passar batido. O mundo moda gira e se vira.