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Registros de violência contra a mulher sobem 15,95% na região

27 de julho de 2024

Passos concentra cerca de 32% do total de registros, representando quase um terço das ocorrências na região / Foto: Reprodução

CARLOS RENATO

 

PASSOS –O número de registros de violência contra a mulher cresceu 15,95% na região no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Dos 27 municípios da região, somente seis tiveram queda nos registros e um não teve alteração nos números.

Segundo dados Observatório de Segurança Pública, as ocorrências subiram de 1.436 para 1.665, o que representa 229 casos a mais. Entre janeiro e junho deste ano, em média, foram 9,1 registros por dia. No ano passado, a média diária era de 7,9, apontam as informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG).

As estatísticas foram captadas pela Superintendência de Informações e Inteligência Policial da Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Estatística e Análise Criminal.

Segundo o relatório, em Passos foram 533 registros nos seis primeiros meses deste ano, ante 433 no mesmo período de 2024, com aumento de 23,1% e média de três ocorrências por dia. O município concentra quase um terço dos registros de violência contra a mulher na região no primeiro semestre de 2024.

Em São Sebastião do Paraíso, a Sejusp registrou 244 ocorrências de violência contra a mulher no primeiro período deste ano. Em 2023, foram 206, o que representa um aumento de 18,45%.

Já em Piumhi, o relatório apontou queda de 4,95% no número de ocorrências em comparação com os períodos pesquisados. Entre os meses de janeiro e junho de 2023 foram 121 ocorrências, ante 115 no primeiro semestre deste ano.

Os municípios de Bom Jesus da Penha (133,45%), Fortaleza de Minas (125%) e São José da Barra (93,25%) registraram as maiores altas no número de registros na comparação entre os primeiros semestres de 2023 e 2024. As maiores quedas ocorreram em Doresópolis (50%) e Capetinga (40,5%).

Conforme informações da Sejusp, foram computados no relatório os registros de crimes de estupro, estupro de vulnerável, ato obsceno, ameaça, lesão corporal, vias de fato/agressão, perseguição, descumprimento de medidas protetivas, importunação sexual, dano material, injuria, calunia, difamação, perturbação no trabalho, violação de domicílio, denúncia de infração contra a mulher, violência psicológica, maus tratos, atrito verbal, desobediência de ordem judicial, perigo à vida e à saúde da mulher, apropriação indébita de bens e valores/ violência patrimonial, divulgação de cena de estupro, além de atendimentos de denúncias e inflações desses crimes exclusivamente contra pessoas do sexo feminino.

Dados

De acordo com o Sejusp, os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Defesa Social/Registro de Eventos de Defesa Social (Sids/Reds), com base em informações oferecidas durante o registro no momento da lavratura, o que significa que possíveis alterações nas tipificações dos delitos, possivelmente não foram captadas pelo banco de dados utilizado no relatório.

A secretaria ressalta que o correto preenchimento do Reds foi fundamental para o alcance fidedigno dos resultados que são objeto do relatório.

Por se tratar de um sistema integrado, os dados tratados contemplam as ocorrências elaboradas pelo Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Sistema Prisional e Sistema Socioeducativo.

Segundo destacou a secretaria, as relações entre vítima/autor apontadas durante os registros são: cônjuge/companheiro; ex-cônjuge/ex-companheiro; filho/enteado; irmão; namorado (a); relacionamento extraconjugal; pais/responsável legal; coabitação/hospitalidade; relações domésticas; avós/bisavós; netos/bisnetos.