Carlos Renato
PASSOS – A medida de moradores por domicílio na região está abaixo da registrada no estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Censo 2022, são 2,67 moradores por residência. No estado, a média é de 2,71 residentes por domicílio.
Os dados estão publicados na Plataforma Geográfica Interativa, que divulga informações do censo.
Segundo o IBGE, foram considerados os moradores residentes em domicílios particulares permanentemente ocupados, cuja edificação foi construída para habitação, com a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas, onde o relacionamento entre os ocupantes é ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência e que estavam ocupadas na data de referência estipulada no censo.
Na região, 170.616 domicílios têm essas características, que incluem, por exemplo, casas, apartamentos em edifícios ou apart-hotéis e as habitações em cortiço, vilas e casas de cômodos.
Conforme o relatório do instituto, 456.579 pessoas moram nesses tipos de residência na região, o que corresponde em 96,28% do total da população, que atingiu 473.556 habitantes no Censo de 2022.
Segundo o IBGE, 16.977 habitantes, o que corresponde em 3,72% da população na região, vivem em domicílios particulares improvisados, que pode estar localizado em edificação que não tenha dependências destinadas exclusivamente à moradia (por exemplo, dentro de um bar, uma loja, um depósito, um escritório); uma estrutura móvel; em calçadas, praças ou viadutos; ou em abrigos naturais (como grutas ou cavernas)
Ou ainda estão residindo em domicílios coletivos, locais onde os habitantes seguem normas de subordinação administrativa de um estabelecimento ou instituição, como em asilo; abrigo; albergue ou casa de passagem para população em situação de rua; clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similar; orfanato; unidade de internação para menores; quartel; hotel ou pensão; ou penitenciária, centro de detenção e similar; dentre outros exemplos.
De acordo com o IBGE, Passos tem 41.262 domicílios particulares permanentemente ocupados e 111.654 habitantes vivendo nesses locais, o que representa 99,74% do total da população no município, que chegou em 111.939 no último censo. A cidade tem média de 2,71 habitantes por residência.
Cerca de 0,26% da população passense vive em domicílios improvisados ou em domicílios coletivos, o que equivale 282 pessoas, segundo aponta o relatório do instituto.
Em São Sebastião do Paraíso foram registrados 26.679 domicílios particulares e 71.332 habitantes que vivem nesses locais, correspondendo a 99,35% da população do município, que teve no último censo 71.796 habitantes. A média ficou em 2,67% por pessoas em cada residência dessa natureza.
Cerca de 0,65% da população paraisense mora em domicílios improvisados ou coletivos, o que equivale em 464 pessoas.
Já o município de Piumhi, 99,28% da população vive em domicílios particulares, como casas e apartamentos, o que corresponde em 35.802 pessoas. No último censo o IBGE apontou a população de 36.062 habitantes. A média ficou em 2,59 pessoas por residência.
Cerca de 0,72% da população piumhense reside em domicílios improvisados e coletivos, o que equivale em 260 pessoas.
Com média de 2,87, a cidade de Ibiraci teve o maior índice de habitantes por domicílio, seguido por São José da Barra (2,82), Claraval (2,79) e Delfinópolis (2,78).
Minas
Minas Gerais tem 7.533.434 milhões de domicílios ocupados permanentes particulares ocupados, totalizando a população 20.436.535 milhões nesses domicílios, média de 2,71 morador por residência.
Domicílios coletivos
O IBGE divulgou na última sexta-feira, 6, os dados referentes ao “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos e improvisados”. A autarquia liberou relatório apenas discriminado por estado e país.
Segundo o instituto, cerca de 837 mil pessoas residiam em domicílios coletivos no país, ou 0,4% da população total do Brasil.
O tipo de domicílio coletivo com maior número de moradores foi verificado em penitenciária, centro de detenção e similar, que abrigava 479 mil pessoas no último censo, o que corresponde a 57,2% do total de moradores de domicílio coletivos e 0,2% do total da população brasileira.
Em Minas Gerais, 92.625 pessoas vivem nesses tipos de domicílios. O número representa 9,45% do total de habitações do estado.
A pesquisa do IBGE mostrou que essa população está, majoritariamente, nas penitenciárias (48,25% e 44.690 pessoas) e instituições de permanência para idosos (29,66% e 27.472 pessoas).
Domicílios improvisados
O Censo 2022 mostrou que 196,2 mil brasileiros viviam em domicílios improvisados ou em abrigos no país, naquele ano. Isso representa cerca de 0,1% do total da população total brasileira (203,1 milhões), segundo o levantamento censitário.
Dessa parcela populacional, 160.485 pessoas vivem em tendas ou barraco de lona; estrutura não residencial; estrutura improvisada em logradouro público; dentro de veículos; ou abrigos naturais. Outras 35.405 pessoas vivem em abrigos.
De acordo com o Censo de 2022 do IBGE, Minas Gerais tem 10.829 pessoas vivendo em moradias improvisadas, concentrando 6,75% das pessoas que vivem nessa situação no país, atrás de São Paulo e Bahia. As barracas e tendas são as moradias mais comuns no estado, abrigando 4.235 pessoas.