PASSOS – O início da colheita de café em municípios na região turbinou a mercado de trabalho em maio, que superou a geração de novas vagas registrada nos quatro primeiros meses do ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, o saldo entre admissões e demissões ficou em 1.636, sendo 1.412 da agropecuária. Entre janeiro e abril, a região criou 1.098 novas vagas.

De acordo com o Caged, os municípios da região registraram 5.714 admissões e 4.078 demissões em maio. A indústria, segundo setor com maior geração de emprego no período, teve saldo de 128 vagas, seguida pelos serviços (99) e comércio, que teve duas vagas. A construção registrou saldo negativo na região, com fechamento de 5 postos.

Piumhi, tradicional produtor de café, teve o melhor resultado no mercado de trabalho em maio, com 332 novas vagas, sendo 294 da agropecuária. Pimenta, com 299 novos postos, todos no agro, ocupa a segunda posição no ranking do Caged em maio na região, seguido por Passos (163), Ibiraci (127), Capetinga (118), Carmo do Rio Claro (107), Monte Santo de Minas (99), São Sebastião do Paraíso (74), São Roque de Minas (62), Nova Resende (52), Cássia (48), Jacuí (40) e São Tomás de Aquino (36).

Dos 12 municípios com melhor desempenho na geração de emprego em maio, 11 tiveram a agropecuária como principal criador de novas vagas e são tradicionais produtores de café. Somente em Passos o cenário foi diferente. No município, a indústria, com saldo de 118 novos postos, a construção (60) e os serviços (18) concentram a oferta de novos postos de trabalho e a agropecuária fechou o mês com saldo negativo (-40).

No mês passado, seis municípios da região registraram saldo negativo no mercado de trabalho. Delfinópolis, com fechamento de 19 vagas, teve o pior desempenho, seguido por São José da Barra (-15), Pratápolis (-12), Itaú de Minas (-3), Bom Jesus da Penha (-2) e São João Batista do Glória (-2).

Na comparação com maio do ano passado, a geração de empregos aumentou 13,62% na região. No quinto mês de 2022, o Caged registrou o saldo 1.440 novas vagas.

Minas

Minas gerou 26.626 postos de trabalho em maio, resultado de 236.174 admissões e 209.548 desligamentos. Ao longo de 2023, o estado acumula 118.688 nova oportunidades para os mineiros, considerando os dados até o mês de maio. No comparativo com os demais estados, Minas foi o segundo no ranking com a maior geração de vagas formais, atrás somente de São Paulo, que apresentou saldo de 54.230 empregos. Em terceiro lugar, aparece o Espírito Santo, com 13.593 novos postos com carteira de trabalho assinada.

“Minas segue em destaque, pois ocupa hoje a segunda colocação com maior saldo de geração de empregos no país. Além disso, todos os setores econômicos apresentaram saldo positivo. Isso representa uma série de investimentos e ações voltadas para a empregabilidade e o mercado de trabalho no estado, mostrando assim como Minas vem avançando e seguindo forte neste segmento”, afirma Cristian Borges, analista de políticas públicas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

Em maio, todos os segmentos econômicos registraram desempenho positivo. O setor de serviços liderou, com a geração de 9.688 postos, seguido por construção (7.555), indústria (3.732), agropecuária (2.983) e comércio (2.670). 

As ocupações relacionadas à produção de bens e serviços Industriais foram as que demonstraram maior número de contratações no período, com destaque para ajudantes de obras, com saldo de 3.190 empregos formais. Sobre o perfil dos trabalhadores, houve maior volume de contratações para pessoas com ensino médio completo, entre 18 e 24 anos.