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Receita com exportações de café aumenta 24% na região em 2024

OITO MUNICÍPIOS DA REGIÃO ENVIARAM 79,8 MIL TONELADAS DE CAFÉ PARA O EXTERIOR, O QUE GEROU RECEITA DE US$ 323,6 MILHÕES NO ANO PASSADO / Foto: Reprodução

PASSOS – A receita com exportações de café cresceu aproximadamente 24% no ano passado na região e superou os US$ 300 milhões. Os oito municípios que venderam o produto para outros países faturaram US$ 323,6 milhões em 2024. Em 2023, o valor foi de US$ 260,8 milhões.

Em volume embarcado, 2024 apresenta o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram exportadas 79,8 mil toneladas entre janeiro e dezembro, com alta pouco acima de 10% em relação as 72,5 mil enviadas em 2023, e acima também das 75,9 mil toneladas registradas em 2021, até então o recorde no período.

São Sebastião do Paraíso, com US$ 265,8 milhões em receitas com as exportações de café entre janeiro e dezembro de 2024, atingiu o recorde nominal do município na série histórica disponibilizada pelo MDIC, que compreende dados desde 1997. Paraíso também registrou o maior volume de café exportado no município desde o início da série (66,5 mil toneladas).

No ano passado, Paraíso ficou na 14ª posição entre os municípios brasileiros com maior receita em exportações de café. Em Minas, Paraíso ocupa o 11º lugar. As três maiores receitas no Brasil foram registradas em Varginha (US$ 1,92 bilhão), Guaxupé (US$ 1,5 bilhão) e Alfenas (US$ 632,3 milhões).

Piumhi, que liderou as exportações de café na região durante boa parte da série histórica entre 1997 e 2017, ocupa a terceira posição entre os maiores vendedores de café para outros países na região em 2024, atrás de Paraíso e Ibiraci. Piumhi exportou 5,1 mil toneladas, com receita de US$ 21,1 milhões no ano passado.

Ibiraci, que começou a exportar café em 2008, enviou 7,12 mil toneladas do produto para o exterior em 2024, o que rendeu US$ 31,6 milhões e colocou o município no segundo lugar do ranking regional.

Monte Santo de Minas, que teve US$ 2,4 milhões com 458,4 toneladas exportadas, ocupa o quarto lugar no ranking em 2024, seguido por Nova Resende (US$ 969,2 mil e 192 toneladas), Passos (US$ 951,2 mil e 237,6 toneladas), Itamogi (US$ 445,4 mil e 96 toneladas) e São Tomás de Aquino (US$ 215,6 mil e 39,1 toneladas).

Passos, que entrou na série histórica do MDIC em 2019 com receita de US$ 30,4 mil e exportação de 19,2 toneladas, voltou a atuar no mercado internacional de café em 2023, quando registrou US$ 107,3 mil em receita e 52,8 toneladas. Nos dois últimos anos, a receita cresceu quase nove vezes, e o volume aumentou em 4,5 vezes.

O recorde em receita com exportações de café e volume embarcado na região continua com o ano de 2011, quando os municípios atingiram US$ 389,3 milhões com o envio de 83,9 mil toneladas. Em 2011, o maior exportador na região foi Piumhi, US$ 362,3 milhões em receitas e embarque de 78,7 mil toneladas.

Minas

A valorização da moeda americana e a redução dos estoques dos principais países produtores puxaram para cima a cotação do café na bolsa, influenciando o cenário de comercialização.

Em 2024, o café registrou o melhor desempenho em receita e volume nas exportações de Minas, com US$ 7,9 bilhões em receitas 31 milhões de sacas embarcada. A commodity representou 46,1% do total comercializado no ano passado.

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