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Racismo na Libertadores gera revolta e críticas à Conmebol

8 de março de 2025

Luighi, do time sub-20, foi alvo de cusparadas e xingamentos racistas em partida contra o Cerro Porteño / Foto: Reprodução

PASSOS – O episódio de racismo sofrido pelo atacante Luighi, de 18 anos, da equipe sub-20 do Palmeiras, durante uma partida da Copa Libertadores no Paraguai, provocou uma onda de indignação no mundo do futebol. Clubes rivais como Corinthians e São Paulo se manifestaram em solidariedade ao jogador e criticaram a postura da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), responsável pela organização do torneio. 

A ofensa aconteceu na última quinta-feira, 6, quando um torcedor do Cerro Porteño fez gestos imitando um macaco em direção a Luighi. O atacante, abalado, deixou o campo chorando e desabafou em entrevista após a partida.  

A ocorrência ao caso ganhou força nas redes sociais, com atletas de diversas equipes se posicionando contra o racismo. Entre eles, Vini Jr., atacante do Real Madrid que já foi várias vezes vítima de racismo em estádios da Europa, expressou seu apoio a Luighi. “Parabéns pelo posicionamento, mano. É triste, mas fique forte. Vamos juntos nessa luta. Até quando, Conmebol? Vocês nunca fazem nada! Nunca!”, escreveu o jogador. 

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, repudiou o ato e informou que vai solicitar à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño, clube mandante da partida, da competição. Em nota oficial, o Palmeiras também declarou: “É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato de violência de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol”. 

A postura da Conmebol diante do caso foi alvo de críticas de outros clubes brasileiros e personalidades do esporte, que cobraram punições mais severas e ações efetivas para combater o racismo no futebol sul-americano que tem se tornado recorrente.