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Projeto da Uemg preserva jornais publicados na região desde 1887

12 de janeiro de 2024

Edição mais antiga catalogada é da Gazeta de Passos, de 1887, dois anos antes da Proclamação da República no Brasil./ Foto: Divulgação.

Leonardo Natalino

PASSOS – O Centro de Memória Social do curso de Licenciatura em História da Uemg/Passos tem catalogado, arquivado e contribuído para a preservação de jornais publicados em cidades da região. O acervo conta com edições de cinco periódicos que publicações a partir de 1887.

O trabalho é desenvolvido pelos alunos do curso de história sob a orientação da professora Débora Cazelato e pode ser acessado no eletrônico centrodememoriasocial.blogspot.com na aba “Periódicos”. Até o momento, foram catalogadas edições do Correio de Passos (1924 – 1933); Gazeta de Passos (1887 – 2000); O Sudoeste (1946 – 1964); A Vanguarda, de Cássia (1927 – 1941); e Folha do Povo, de Guaxupé (1979).

Segundo a professora, o projeto tem como objetivo a conservação e higienização, a digitalização dos periódicos, a catalogação a publicação. Os alunos realizam a limpeza das páginas com pincel e trincha, digitalizam por meio escaneador da universidade, formatam a imagem no computador e catalogam, a partir de palavras-chaves, para facilitar a busca.

O projeto teve início em 2020, durante a pandemia de covid. “Nós comparamos os jornais que eram disponibilizados na internet com os que estavam no Centro de Memória Social da Uemg. Nesse trabalho, notamos que uma gama de jornais estavam disponíveis no site da Biblioteca Nacional, que é o maior acervo de jornais do país, e com isso decidimos trabalhar com jornais de Passos e regionais”, afirma a professora.

Para a estudante Ana Clara Santiago, aluna do curso de História e bolsista do projeto, o objetivo é facilitar a pesquisa e possibilitar que outras pessoas consigam acessar o conteúdo dos jornais após a deterioração do papel.

“O projeto não é complexo. Apenas demorado. Porque temos que ter cuidado com o material. É muito sensível. As páginas estão deteriorando, algumas rasgadas, outras comidas por traças. É um processo muito longo, mas muito gostoso de participar”, disse.

Foto: Divulgação.