14 de março de 2024
Foto: Divulgação.
Leonardo Natalino
PASSOS – Professores da rede estadual de ensino que atuam em escolas na região participaram da paralisação de 48 horas promovida pela categoria nesta quarta e quinta.
A greve foi aprovada em assembleia realizada em Belo Horizonte no último dia 22 e a reivindicação é que o governo de Minas adote o piso o nacional dos professores e também cobrar repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Segundo a diretora estadual e coordenadora regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte), Maria Antônia Mourão Barbosa Fonseca, participaram da paralisação profissionais de cidades como Alpinópolis, Carmo do Rio Claro, São José da Barra, Passos, Piumhi, São Roque de Minas e São João Batista do Glória.
A diretora também informa que não houve manifestação em Passos, apenas paralisação das aulas em algumas escolas. De acordo com ela, professores da região realizaram uma caravana para Belo Horizonte, onde marcaram presença em audiência pública na quarta, 13, e em reunião extraordinária na quinta-feira, 14.
“O SindUte vê como excelente a adesão em todo o estado, inclusive na capital, à greve de 48 Horas convocada para os dias 13 e 14. A categoria parou para demonstrar sua insatisfação ante a política de desvalorização da escola pública e seus trabalhadores/as praticada pelo governador Zema desde seu primeiro mandato”, disse Maria Antônia.
“O vencimento básico da categoria em Minas Gerais é um dos mais baixos do país; desde seu primeiro mandato o governo Zema não reajusta nossos salários de acordo com a Lei do Piso, apesar da Educação ter recursos próprios”, afirma.
Os servidores cobram que o Executivo estadual repasse o saldo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que, segundo a categoria, estaria sendo utilizado para o pagamento de outras despesas.
Os professores também pedem reajuste salarial de acordo com o piso nacional. No momento, conforme reajuste de 12,84% aprovado em janeiro deste ano, os profissionais da educação de Minas Gerais recebem R$ 2.656,22 por 24 horas semanais. O valor determinado pelo Ministério da Educação é de R$ 4.580,27 por 40 horas semanais.
Eles também querem que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) derrube o veto do governador Romeu Zema que anulou o texto que permitia estender o atendimento médico do Ipsemg aos profissionais aposentados em regime geral da previdência.