Luisa Scandorilli
PASSOS – Com a fotografia “A Vida Sobrevive às Queimadas”, o professor Evandro Antonio Ferreira, de Piumhi, conquistou o primeiro lugar no 1° Festival de Fotojornalismo de Passos, que contou com mais de quarenta fotos inscritas.
A imagem que venceu o prêmio’ Fotografia do Ano’ retrata um período de queimadas e mostra um sagui-anão segurando um galho de uma árvore queimada.
Para Ferreira, a fotografia nasceu de sua percepção ao passar perto de uma mata que havia sido queimada e ver alguns macacos no meio da rua, em fuga. O professor conta que, ao parar para alimentá-los, registrou as fotos.
“Como apaixonado pela natureza e pelos animais e, passando perto de uma mata que havia sido queimada naquele dia, percebi alguns macaquinhos no meio da rua, em fuga. Como estava com compras de supermercado no carro, parei e fui alimentá-los., quando comecei a registrar as fotos”, afirma.
A foto, segundo o professor, não marca só a expressão de sofrimento do animal ao ver seu habitat destruído, mas também expõe uma das consequências das queimadas: o prejuízo à fauna e à flora.
Ferreira também ressalta que a captura da imagem é significativa por construir uma conscientização ambiental.
“Através de meu registro, é possível considerar a luta da natureza para resistir à degradação humana, ainda que, sua fragilidade ocasione prejuízos irreparáveis”, afirma.
Raízes
O vencedor do Festival de Fotojornalismo nasceu em Piumhi e se mudou para Passos com 1 ano de idade. Morador da zona rural do município, Ferreira iniciou os estudos no campo e, anos depois, foi para a cidade a fim de concluir sua formação.
“Fomos morar na zona rural, onde iniciei meus estudos. Anos depois mudamos para a cidade para que eu pudesse dar seguimento no aprendizado, que também era a prioridade dos meus pais”, disse.
Atualmente, Ferreira possui duas graduações e atua como professor de Artes na Escola Estadual São José.
“Hoje, tenho graduações em Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda, e Licenciatura em Artes Visuais. Além de ser professor de artes, estou concluindo Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente”, afirma.
Segundo o professor, o começo na fotografia aconteceu no desenvolvimento de atividades na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), onde cursava Comunicação Social, além das atividades praticadas por ele na Oficina Cultural Cândido Portinari.
“Meu grande incentivador foi o professor de fotografia Ricardo Freire, quando estava concluindo a faculdade de Comunicação Social, me auxiliou na publicação de um trabalho em site internacional”, afirma.
O professor destaca ainda sua vontade de participar de outros concursos e desenvolver um trabalho de fotografia. “Como fotógrafo, pretendo participar de outros concursos e desenvolver um trabalho de fotografia na Serra da Canastra”, disse.