Lívia Lopes
PASSOS – O surto de dengue tem causado aumento acima de 50% na procura por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Passos. A média de pessoas que procuram atendimento no local subiu de 450, número registrado em dias considerados normais, para cerca de 700, após o aumento nos casos de suspeita da doença.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Passos, tem registrado cerca de 700 atendimentos de suspeita de dengue por dia. No dia 19, primeira segunda feira depois do carnaval, o registro chegou em 712 atendimentos.
Segundo o diretor Administrativo, Anderson Teixeira, os atendimentos em dias normais são de 450 pessoas, mas os números quase duplicaram devido ao surto de dengue. Os números chegaram aos 700 atendimentos e a equipe precisou tomar atitudes para conseguir atender todas as pessoas.
“Alguns servidores já do munícipio, que trabalham nos PSF até 16 ou 17 horas, após o término do expediente recorrem aqui para a UPA para fazer hora extra. Também contratamos mais 4 técnicos de enfermagem por dia e investimos em mais 15 poltronas para a hidratação. Duplicamos os soros e medicamentos para a dengue”, afirma Teixeira.
Segundo a administração hospitalar, ainda não há como comparar com dados do ano passado porque o pico dos casos ainda está começando. Em 20 dias, houve um registro de quase 9 mil casos, tendo em média 100 casos notificados por dia.
Anderson alarma sobre a importância de identificar se o paciente está com o caso médio ou grave e orienta que em casos mais leves, as pessoas devem recorrer aos PSF. “A orientação é que as pessoas procurem a Upa em casos médios e mais graves. Quando são casos moderados, procura o PSF do bairro para desafogar aqui. Essa superlotação é por isso, né, as pessoas não procuram a UBS no bairro e vem tudo para UPA”, orienta.
De acordo com o diretor, a pessoa consegue identificar o caso grave por meio dos sintomas, sendo dores nos corpos, articulações, dores nos olhos, febre alta e até mesmo desinteria e desidratação.
Segundo o diretor, os registros de internação chegam no máximo de duas por dia. Segundo ele, estão acontecendo transferências para a Santa Casa. “O paciente fica em observação na UPA em casos mais graves e após a liberação da transferência, é levado diretamente para a Santa Casa”.
“Ainda não tivemos nenhum registro de dengue hemorrágica. Mas é uma dengue que a pessoa tem que ficar em observação porque tem mais dores, fica mais desidratado. A espera da transferência é no máximo de 48 horas”, comenta o diretor.
Conforme o diretor, os locais que as pessoas devem recorrer são os PSF espalhados pelo município, o ambulatório de infectologia e a unidade de pronto atendimento.
Anderson tem expectativa de que os casos diminuam, mas comenta que devido as chuvas, é natural que aumente os focos.