PAULO NATIR
“Viver não é necessário. Necessário é criar”. (Fernando Pessoa).
Educação é a base fundamental de qualquer sociedade. No atual contexto do Planeta nunca foi preciso tanto estimular boas práticas educacionais. Países que mais se desenvolveram nas últimas décadas só adquiriram qualidade de vida para todos a partir de um eficiente programa educacional. Ótima oportunidade para desenvolver a criatividade em busca de boas práticas na educação é a terceira edição do evento “Fórum Diálogos na Educação” – promovido pelo Instituto EP (Empesas Pioneiras). As inscrições estão abertas até o dia 29 desse mês. Nesse ano o tema escolhido é “Ser e Pertencer no Ambiente Escolar. Esse grande evento on-line vai ter transmissão “ao vivo” no dia 23 de maio. Para participar do concurso é necessário preencher o formulário de inscrições. Mais informações no site www.dialogosnaeducacao.br/2024/regulamento/.
Educação é o segredo da inclusão. A partir de estudos e práticas a sociedade contemporânea já provou que o melhor regime político é a democracia, onde todos cidadãos têm direitos políticos e participam na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis através de seus representantes. O regime democrático pode não ser perfeito, porém é a melhor opção para desenvolvimento de uma nação.
É patético ver os brasileiros lutarem muito por democracia em pleno século XXI. O fantasma de um regime totalitário havia sido expulso do Brasil desde 1 985 com a redemocratização do país. Porém, uma onda totalitária ressurgiu em terras brasileiras a partir de 2 018 com a eleição de Jair Bolsonaro (PL). Seu mandato chegou ao final em 2 022 e, por incrível que pareça, em seus quatro anos de governo Bolsonaro e aliados a todo momento flertavam com a ditadura. É necessário lembrar aqui que ele foi o único presidente do Brasil, após a redemocratização, que não se reelegeu.
Nesse cenário político e aproveitando a passagem do mês de março é impossível não homenagear aqui a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) – brutalmente assassinada há seis anos no Rio de Janeiro. Esse crime chocou o mundo. No entanto, mais chocados ficaram os brasileiros ao saber da conclusão da Polícia Federal que investigou esse assassinato. Segundo a PF, os acusados de serem os mandantes desse terrível homicídio é um deputado federal pelo Rio, um conselheiro do Tribunal de Contas (RJ) o então chefe carioca da Polícia Civil. Convenhamos, se uma parlamentar da Câmara Municipal Rio não está segura, quem está seguro em nosso lindo país? Sua morte ocorreu porque Marielle era mulher, preta, pobre e favelada. É agonizante e machuca corações ver a comunidade carente de País ser duramente oprimida. A fria morte de Mari mostrou toda misoginia que povoa grande parte das mentes dos brasileiros. Agora a PGR (Procuradoria Geral da República) vai analisar o caso e encaminhar denúncia para o STF. Lembrando ainda que o lugar da Mulher é onde ela quiser…
No último domingo completou 60 anos do golpe de Estado no Brasil que prendeu, torturou e matou centenas de pessoas, incluindo camponeses, jornalistas e políticos. A ditadura brasileira durou 21 anos e nem a Comissão da Verdade, instituída no Congresso Nacional, deu conta se solucionar os terríveis crimes ocorridos em uma das páginas mais horríveis e sangrentas da história brasileira. Agora devemos gritar bem alto: “Ditadura nunca mais”. No mais é aproveitar a simbologia do nascimento de Cristo e focar no crescimento do Brasil aquecidos pelo lema da histórica revolução francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Tenham mais uma santa semana. Que a Páscoa nos devolva a alegria.
PS – Grande abraço de muito carinho ao amigo Lucílio da Fonseca que sofre a perda da Ângela – sua querida esposa. Abraços ainda para Carolina, Camila e toda Família. Com a grande força de Deus os corações de vocês serão consolados!
PAULO NATIR é Jornalista